Riscos de fumos de incêndio. Actualidade e controvérsias nas intoxicações

As vítimas de um incêndio manifestam comummente lesões por inalação de fumos, sendo esta a causa mais frequente de morte, quer em pacientes que apresentam queimaduras, quer na ausência das mesmas. A inalação de fumos pode ocasionar lesão epitelial directa na mucosa respiratória com perda dos cílio...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Romero Bandeira, Rui Ponce Leão, Sara Gandra, Ana Mafalda Reis, Romero Gandra
Format: Article
Language:English
Published: Coimbra University Press 2009-08-01
Series:Territorium: Revista Portuguesa de riscos, prevenção e segurança
Subjects:
CO
HCN
Online Access:https://impactum-journals.uc.pt/territorium/article/view/3226
Description
Summary:As vítimas de um incêndio manifestam comummente lesões por inalação de fumos, sendo esta a causa mais frequente de morte, quer em pacientes que apresentam queimaduras, quer na ausência das mesmas. A inalação de fumos pode ocasionar lesão epitelial directa na mucosa respiratória com perda dos cílios epiteliais brônquicos e diminuição do factor tensioactivo alveolar. Produzem-se microatelectasias e por vezes atelectasias que se complicam por edema mucoso, assim como, obstrução mecânica pelo tecido descamado e respectivas secreções, originando cumulativamente uma insuficiência respiratória aguda multifactorial (AINA, 2008). As principais controvérsias têm-se centrado no tratamento das intoxicações por CO e HCN que, como se comprovou nas últimas décadas, se encontram combinados na maior parte dos incêndios com materiais combustíveis sintéticos (DUFOL, 2008). Abordaremos as intoxicações por CO e HCN, que pela sua maior frequência e morbi-mortalidade consideramos serem mais relevantes.
ISSN:0872-8941
1647-7723