As diferenças de adaptação fílmica de A Fantástica Fábrica de Chocolate
O presente artigo compara duas versões audiovisuais de A Fantástica Fabrica de Chocolate – a do diretor Mel Stuart (1971) e a do diretor Tim Burton (2005), ambas adaptadas da obra literária de mesmo nome, do escritor Roald Dahl (1964). Para esta análise, utilizaremos o conceito de “perspectivas narr...
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Universidade Federal de Santa Maria
2015-06-01
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Series: | Literatura e Autoritarismo |
Online Access: | https://periodicos.ufsm.br/LA/article/view/18516 |
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doaj-4aada0b28fa04051bcb21f60f2ce25dc2020-11-25T01:06:34ZdeuUniversidade Federal de Santa MariaLiteratura e Autoritarismo1679-849X1679-849X2015-06-0101410.5902/1679849X185169593As diferenças de adaptação fílmica de A Fantástica Fábrica de ChocolateGabriel Steindorff0Ana Cláudia Munari Domingues1Mestrando em Letras na Universidade de Santa Cruz do Sul – UNISC; Bolsista BIPSS – UNISC Bolsa Institucional para Programas strictu sensuUniversidade de Santa Cruz do Sul – UNISCO presente artigo compara duas versões audiovisuais de A Fantástica Fabrica de Chocolate – a do diretor Mel Stuart (1971) e a do diretor Tim Burton (2005), ambas adaptadas da obra literária de mesmo nome, do escritor Roald Dahl (1964). Para esta análise, utilizaremos o conceito de “perspectivas narrativas”, desenvolvido por Reuter (2011), o qual propõe que a narrativa se estrutura a partir de determinado prisma, ou seja, o narrador narra através de determinado ponto de vista, deixando marcas de sua percepção. Em nossa proposta de trabalho, relacionaremos a ideia de Reuter aos pressupostos de Iser (1999) sobre a indeterminação na prosa de ficção, teoria através do qual o estudioso nos mostra como todo texto ficcional é construído sobre uma estrutura lacunar, cujos vazios e subentendidos evocam a participação do leitor e cumprem, assim, uma função estética. Ambos diretores, assim, preenchem vazios, concretizando obras como leitores. O objetivo do estudo é mostrar que as duas adaptações de A fantástica fábrica de chocolate distinguem-se pelo ponto de vista da narração, inclusive pela perspectiva do tempo da diegese e, ainda, pelos distintos efeitos que desejam causar – efeitos esses que incluem a abertura para novas lacunas, como num contínuo jogo de interpretação.https://periodicos.ufsm.br/LA/article/view/18516 |
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O presente artigo compara duas versões audiovisuais de A Fantástica Fabrica de Chocolate – a do diretor Mel Stuart (1971) e a do diretor Tim Burton (2005), ambas adaptadas da obra literária de mesmo nome, do escritor Roald Dahl (1964). Para esta análise, utilizaremos o conceito de “perspectivas narrativas”, desenvolvido por Reuter (2011), o qual propõe que a narrativa se estrutura a partir de determinado prisma, ou seja, o narrador narra através de determinado ponto de vista, deixando marcas de sua percepção. Em nossa proposta de trabalho, relacionaremos a ideia de Reuter aos pressupostos de Iser (1999) sobre a indeterminação na prosa de ficção, teoria através do qual o estudioso nos mostra como todo texto ficcional é construído sobre uma estrutura lacunar, cujos vazios e subentendidos evocam a participação do leitor e cumprem, assim, uma função estética. Ambos diretores, assim, preenchem vazios, concretizando obras como leitores. O objetivo do estudo é mostrar que as duas adaptações de A fantástica fábrica de chocolate distinguem-se pelo ponto de vista da narração, inclusive pela perspectiva do tempo da diegese e, ainda, pelos distintos efeitos que desejam causar – efeitos esses que incluem a abertura para novas lacunas, como num contínuo jogo de interpretação. |
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