Summary: | Este artigo pretende discutir o posicionamento brasileiro diante da crise da nacionalização
das reservas bolivianas, tendo em vista o cenário global de preocupação com a segurança energética e
também as relações comerciais entre o Brasil e seus vizinhos. Pretende-se sugerir que a busca da autosuficiência
gasífera pode não ser a melhor alternativa para o Brasil lidar com a nacionalização boliviana. Ainda que se reconheça que o momento político não é favorável e que os dois países necessitam restabelecer um novo equilíbrio em suas relações, o comércio gasífero entre Brasil e Bolívia deveria ser
entendido como uma possibilidade de ampliação da integração econômica e política das duas nações. Além disso, o gás natural importado é um elemento da segurança energética de longo prazo ao qual o Brasil não deve renunciar.
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