Summary: | Este artigo procura contribuir para a recente discussão das ações das comunidades quilombolas como movimento social no Maranhão. Para tanto, baseia-se nos processos de mapeamento realizados no final da década de 1970 pelo CCN / MA (Centro de Cultura Negra / Maranhão), a fim de subsidiar discussões do movimento negro em nível nacional em suas demandas e pleitos. Diante disso, há o processo de surgimento de instâncias organizacionais próprias das comunidades quilombolas, como a ACONERUQ (Associação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas) em meados dos anos de 1990 e posteriormente o MOQUIBOM (Movimento Quilombola do Maranhão) pelos anos 2000, como coletividades bivalentes, ou seja, tipos sociais que sofrem simultaneamente dois tipos diferentes de injustiças econômicas e simbólicas, compreendendo, assim, formas de expressão de demandas, ênfases e estratégias no relacionamento das comunidades quilombolas com as instâncias federais, estaduais e de mercado.
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