A aplicação de abordagens feministas na pesquisa em administração
Pretendemos, neste artigo, analisar formas de investigação de questões de administração baseadas na teoria feminista. Tal análise parte indagações da seguinte ordem: se a voz do conhecimento ocidental tem sido constituída diferentemente de "outras" vozes, tornando-as invisíveis, o que acon...
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Fundação Getulio Vargas, Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas
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doaj-4d77654f4b8d45958c61ed16a8624b4d2020-11-24T22:19:19ZengFundação Getulio Vargas, Escola Brasileira de Administração Pública e de EmpresasCadernos EBAPE.BR 1679-39517464966410.1590/S1679-39512009000400009S1679-39512009000400009A aplicação de abordagens feministas na pesquisa em administraçãoIsabel CerchiaroEduardo André Teixeira Ayrosa0Deborah Moraes Zouain1Fundação Getúlio VargasFundação Getúlio VargasPretendemos, neste artigo, analisar formas de investigação de questões de administração baseadas na teoria feminista. Tal análise parte indagações da seguinte ordem: se a voz do conhecimento ocidental tem sido constituída diferentemente de "outras" vozes, tornando-as invisíveis, o que aconteceria se essas "outras" vozes pudessem responder? O que aconteceria caso estas vozes pudessem demonstrar como são constituídas como "outras"? O que aconteceria caso essas outras vozes pudessem reclamar suas próprias especificidades, fora dos dualismos (como, por exemplo, masculino/feminino) presentes nos discursos ocidentais do conhecimento (CALÁS e SMIRCICH, 1999, p. 305)? Pensando sobre isso, e sendo este um artigo na área de administração, discorremos sobre as diferentes abordagens feministas e suas metodologias, argumentando que a abordagem feminista multicultural pode ser a mais apropriada para responder algumas questões sobre o modo como as mulheres constroem sua forma de pensar no nosso mundo pós-colonial. Evidenciamos também as posições e relações de sujeitos heterogêneos, diferentes das imagens raciais e de gênero produzidas pelas categorias ocidentais (como 'mulheres', 'negra') (CALÁS; SMIRCICH 1999; FONSECA 1999; TONG 1998).http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-39512009000400009&lng=en&tlng=enfeminismfeminist approachesmethodology |
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Pretendemos, neste artigo, analisar formas de investigação de questões de administração baseadas na teoria feminista. Tal análise parte indagações da seguinte ordem: se a voz do conhecimento ocidental tem sido constituída diferentemente de "outras" vozes, tornando-as invisíveis, o que aconteceria se essas "outras" vozes pudessem responder? O que aconteceria caso estas vozes pudessem demonstrar como são constituídas como "outras"? O que aconteceria caso essas outras vozes pudessem reclamar suas próprias especificidades, fora dos dualismos (como, por exemplo, masculino/feminino) presentes nos discursos ocidentais do conhecimento (CALÁS e SMIRCICH, 1999, p. 305)? Pensando sobre isso, e sendo este um artigo na área de administração, discorremos sobre as diferentes abordagens feministas e suas metodologias, argumentando que a abordagem feminista multicultural pode ser a mais apropriada para responder algumas questões sobre o modo como as mulheres constroem sua forma de pensar no nosso mundo pós-colonial. Evidenciamos também as posições e relações de sujeitos heterogêneos, diferentes das imagens raciais e de gênero produzidas pelas categorias ocidentais (como 'mulheres', 'negra') (CALÁS; SMIRCICH 1999; FONSECA 1999; TONG 1998). |
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