O solteiro, o porco inteiro, o caçador sem caça: o “um” entre os Araweté

O artigo se dedica a descrever aspectos do universo dos jijehã – isto é, das solteiras e dos solteiros – entre os Araweté, povo habitante do médio curso do rio Xingu (PA), falante de um idioma da família linguística tupi-guarani. Em um local onde o núcleo da socialidade adulta é o casal, refletiremo...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Camila Becattini Pereira de Caux
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Universidade de São Paulo (USP) 2017-09-01
Series:Revista de Antropologia
Subjects:
Online Access:http://www.revistas.usp.br/ra/article/view/137316
Description
Summary:O artigo se dedica a descrever aspectos do universo dos jijehã – isto é, das solteiras e dos solteiros – entre os Araweté, povo habitante do médio curso do rio Xingu (PA), falante de um idioma da família linguística tupi-guarani. Em um local onde o núcleo da socialidade adulta é o casal, refletiremos em que sentido a condição de não-casado pode ser encarada como um “negativo” de tal estado. A partir de uma análise de usos coloquiais da partícula jije, exploraremos como solteiros podem ser considerados “singularidades” compostas por uma “relação de ausência” – não tendo travado uma aliança conjugal específica, podem virtualmente travar uma multiplicidade de relações. Seguiremos daí um pouco da trama relacional dos jovens, refletindo sobre a mobilidade de que são investidos.
ISSN:0034-7701
1678-9857