Alterações da mecânica ventilatória durante a fisioterapia respiratória em pacientes ventilados mecanicamente
RESUMO Objetivo: Avaliar as alterações da mecânica ventilatória e da hemodinâmica que ocorrem em pacientes dependentes de ventilação mecânica submetidos a um protocolo padrão de fisioterapia respiratória. Métodos: Estudo experimental e prospectivo realizado em duas unidades de tratamento intensivo,...
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Associação de Medicina Intensiva Brasileira
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doaj-50864e49e64d4b16aa5af8f8bfc583642020-11-24T23:04:43ZengAssociação de Medicina Intensiva BrasileiraRevista Brasileira de Terapia Intensiva 1982-43352015-06-0127215516010.5935/0103-507X.20150027S0103-507X2015000200155Alterações da mecânica ventilatória durante a fisioterapia respiratória em pacientes ventilados mecanicamenteFernanda Callefe MoreiraCassiano TeixeiraAugusto SaviRogério XavierRESUMO Objetivo: Avaliar as alterações da mecânica ventilatória e da hemodinâmica que ocorrem em pacientes dependentes de ventilação mecânica submetidos a um protocolo padrão de fisioterapia respiratória. Métodos: Estudo experimental e prospectivo realizado em duas unidades de tratamento intensivo, nas quais pacientes dependentes de ventilação mecânica por mais de 48 horas foram alocados, de forma consecutiva, e submetidos a um protocolo estabelecido de manobras de fisioterapia respiratória. Variáveis ventilatórias (complacência pulmonar dinâmica, resistência do sistema respiratório, volume corrente, pressão de pico inspiratório, frequência respiratória e saturação periférica de oxigênio) e hemodinâmicas (frequência cardíaca) foram mensuradas 1 hora antes (T-1), imediatamente (T0) e após 1 hora (T+1) da realização do protocolo de manobras de fisioterapia respiratória. Resultados: Durante o período de coleta dos dados, 104 pacientes foram incluídos no estudo. Quanto às variáveis ventilatórias, houve aumento da complacência pulmonar dinâmica (T-1 = 52,3 ± 16,1mL/cmH2O versus T0 = 65,1 ± 19,1mL/cmH2O; p < 0,001), do volume corrente (T-1 = 550 ± 134mL versus T0 = 698 ± 155mL; p < 0,001) e da saturação periférica de oxigênio (T-1 = 96,5 ± 2,29% versus T0 = 98,2 ± 1,62%; p < 0,001), além de redução da resistência do sistema respiratório (T-1 = 14,2 ± 4,63cmH2O/L/s versus T0 = 11,0 ± 3,43cmH2O/L/s; p < 0,001) logo após a realização das manobras de fisioterapia respiratória. Todas as alterações se mantiveram na avaliação realizada 1 hora (T+1) após as manobras de fisioterapia respiratória. Já com relação às variáveis hemodinâmicas, houve elevação imediata, porém não sustentada da frequência cardíaca (T-1 = 88,9 ± 18,7bpm versus T0 = 93,7 ± 19,2bpm versus T+1 = 88,5 ± 17,1bpm; p < 0,001). Conclusão: Manobras de fisioterapia respiratória geram mudanças imediatas na mecânica pulmonar e na hemodinâmica dos pacientes dependentes da ventilação mecânica, e as alterações ventilatórias provavelmente permanecem por pelo menos 1 hora.http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-507X2015000200155&lng=en&tlng=enTerapia respiratóriaRespiração artificialMecânica respiratória |
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RESUMO Objetivo: Avaliar as alterações da mecânica ventilatória e da hemodinâmica que ocorrem em pacientes dependentes de ventilação mecânica submetidos a um protocolo padrão de fisioterapia respiratória. Métodos: Estudo experimental e prospectivo realizado em duas unidades de tratamento intensivo, nas quais pacientes dependentes de ventilação mecânica por mais de 48 horas foram alocados, de forma consecutiva, e submetidos a um protocolo estabelecido de manobras de fisioterapia respiratória. Variáveis ventilatórias (complacência pulmonar dinâmica, resistência do sistema respiratório, volume corrente, pressão de pico inspiratório, frequência respiratória e saturação periférica de oxigênio) e hemodinâmicas (frequência cardíaca) foram mensuradas 1 hora antes (T-1), imediatamente (T0) e após 1 hora (T+1) da realização do protocolo de manobras de fisioterapia respiratória. Resultados: Durante o período de coleta dos dados, 104 pacientes foram incluídos no estudo. Quanto às variáveis ventilatórias, houve aumento da complacência pulmonar dinâmica (T-1 = 52,3 ± 16,1mL/cmH2O versus T0 = 65,1 ± 19,1mL/cmH2O; p < 0,001), do volume corrente (T-1 = 550 ± 134mL versus T0 = 698 ± 155mL; p < 0,001) e da saturação periférica de oxigênio (T-1 = 96,5 ± 2,29% versus T0 = 98,2 ± 1,62%; p < 0,001), além de redução da resistência do sistema respiratório (T-1 = 14,2 ± 4,63cmH2O/L/s versus T0 = 11,0 ± 3,43cmH2O/L/s; p < 0,001) logo após a realização das manobras de fisioterapia respiratória. Todas as alterações se mantiveram na avaliação realizada 1 hora (T+1) após as manobras de fisioterapia respiratória. Já com relação às variáveis hemodinâmicas, houve elevação imediata, porém não sustentada da frequência cardíaca (T-1 = 88,9 ± 18,7bpm versus T0 = 93,7 ± 19,2bpm versus T+1 = 88,5 ± 17,1bpm; p < 0,001). Conclusão: Manobras de fisioterapia respiratória geram mudanças imediatas na mecânica pulmonar e na hemodinâmica dos pacientes dependentes da ventilação mecânica, e as alterações ventilatórias provavelmente permanecem por pelo menos 1 hora. |
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