A escrita autobiográfica: letra e memória feminina em Florbela Espanca = The autobiographical writer: the female’s letter and word in Florbela Espanca
Antes de a mulher ter acesso à escrita, e à escrita do eu, só se conhecia o sujeito feminino pela voz masculina, ou seja, pelo seu imaginário e estereótipos. O rompimento do silêncio das mulheres permitiu que o mundo delas fosse desvelado, que elas buscassem construir a(s) sua(s) identidade(s), ante...
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Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
2013-01-01
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Series: | Letras de Hoje |
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doaj-53c8984753664464af634b7c1879115a2021-03-08T23:06:26ZspaPontifícia Universidade Católica do Rio Grande do SulLetras de Hoje0101-33352013-01-01484493500000451833A escrita autobiográfica: letra e memória feminina em Florbela Espanca = The autobiographical writer: the female’s letter and word in Florbela EspancaNascimento, Michelle Vasconcelos Oliveira doAntes de a mulher ter acesso à escrita, e à escrita do eu, só se conhecia o sujeito feminino pela voz masculina, ou seja, pelo seu imaginário e estereótipos. O rompimento do silêncio das mulheres permitiu que o mundo delas fosse desvelado, que elas buscassem construir a(s) sua(s) identidade(s), antes forjadas por um modelo ocidental patriarcalista e, muitas vezes, misógino. Como os diários e cartas, enquanto escritas íntimas, são peças que remontam ao momento da escritura, contendo não apenas datações e os vestígios do cotidiano do sujeito escritor, mas do contexto em que viveu, o presente texto objetiva analisar de que forma Florbela Espanca (1894-1930), a partir da construção de autorrepresentações e identidades femininas variadas e de questionamentos e reflexões autoanalíticas, evidencia os conflitos do universo íntimo e social feminino da sua época, em seu diário e epistolografia do último anohttp://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/fale/article/view/15443/10136literatura portuguesaescritoras portuguesas - crítica e interpretaçãoespanca, florbela - crítica e interpretaçãoautobiografias na literaturaepistolografia |
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Antes de a mulher ter acesso à escrita, e à escrita do eu, só se conhecia o sujeito feminino pela voz masculina, ou seja, pelo seu imaginário e estereótipos. O rompimento do silêncio das mulheres permitiu que o mundo delas fosse desvelado, que elas buscassem construir a(s) sua(s) identidade(s), antes forjadas por um modelo ocidental patriarcalista e, muitas vezes, misógino. Como os diários e cartas, enquanto escritas íntimas, são peças que remontam ao momento da escritura, contendo não apenas datações e os vestígios do cotidiano do sujeito escritor, mas do contexto em que viveu, o presente texto objetiva analisar de que forma Florbela Espanca (1894-1930), a partir da construção de autorrepresentações e identidades femininas variadas e de questionamentos e reflexões autoanalíticas, evidencia os conflitos do universo íntimo e social feminino da sua época, em seu diário e epistolografia do último ano |
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