| Summary: | Introduction and Objectives: Renin-angiotensin-aldosterone system inhibitors (RAASi) are the cornerstone of treatment of heart failure with reduced ejection fraction (HFrEF). RAASi optimization in real-life care is challenged by hyperkalemia, a potentially fatal adverse event, which can necessitate downtitration or discontinuation of RAASi and negatively impact survival in HFrEF. The literature on this problem is sparse. We performed a systematic review of studies on HFrEF to investigate the prevalence, incidence, and risk factors of hyperkalemia, RAASi prescription rates, frequency of RAASi downtitration or discontinuation due to hyperkalemia, and the potential negative effect of the latter on prognosis. Methods: We conducted a MEDLINE (PubMed) search including observational and interventional studies published between January 1987 and May 2018. Results: A total of 30 observational and 18 interventional studies were included in the review. The incidence of hyperkalemia reported was between 0% and 63% in observational studies and was between 0% and 30% in clinical trials. Risk factors for hyperkalemia included RAASi prescription, older age, diabetes, and chronic kidney disease. In real-life studies, RAASi were downtitrated or discontinued in 3-22% of HFrEF patients; hyperkalemia was the reported cause in 5% of cases. No reports were found on the impact on prognosis of RAASi downtitration or discontinuation due to hyperkalemia. Conclusions: Hyperkalemia and RAASi downtitration or discontinuation are frequent, particularly in real-life HFrEF studies. Further research is needed to clarify the role of RAASi downtitration or discontinuation due to hyperkalemia and to assess its long-term prognostic impact in HFrEF patients. Resumo: Introdução e objetivos: Os inibidores do sistema renina-angiotensina-aldosterona (iSRAA) constituem pedras basilares para o tratamento da insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida (IC-FER). A otimização dos iSRAA é dificultada pela ocorrência de hipercalemia, que obriga à redução/interrupção do iSRAA, podendo impactar negativamente na sobrevivência dos doentes com IC-FER. Esta questão é raramente abordada na literatura. Métodos: Realizámos uma revisão sistemática dos estudos sobre doentes com IC-FER para investigar a prevalência, incidência e fatores de risco para hipercaliemia, frequência de utilização de iSRAA, frequência de redução/interrupção dos iSRAA por hipercaliemia e o possível impacto negativo da redução/interrupção dos iSRAA no prognóstico. A pesquisa foi feita na Medline (PubMed) incluindo estudos observacionais e interventivos publicados entre janeiro de 1987 e maio de 2018. Resultados: Foram incluídos 30 estudos observacionais e 18 interventivos. A frequência relatada de hipercalemia variou entre 0% e 63% em estudos observacionais e entre 0% e 30% em ensaios clínicos. Fatores de risco para hipercalemia incluíram uso de iSRAA, idade avançada, diabetes e doença renal crónica. Em estudos de vida real, os iSRAA foram interrompidos em 3% a 22% dos doentes com IC-FER, sendo a hipercalemia a causa em 5% destes casos. Não foram encontrados relatos do impacto prognóstico da redução/interrupção dos iSRAA devida à hipercalemia. Conclusões: A hipercaliemia e redução/interrupção dos iSRAA são frequentes, principalmente em estudos de vida real de IC-FER. Novos estudos serão necessários para esclarecer o papel da redução/interrupção dos iSRAA devida a hipercalemia e para avaliar o seu impacto prognóstico a longo prazo em doentes com IC-FER.
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