Qualidade de vida do doador após transplante hepático intervivos Donor quality of life after living donor liver transplantation
RACIONAL: A qualidade de vida do doador após transplante hepático intervivos ainda não foi avaliada em nosso meio. OBJETIVO: Avaliar a qualidade de vida do doador após transplante hepático intervivos. MÉTODOS: De um total de 300 transplantes hepáticos, 51 foram de doadores vivos. Doadores com seguim...
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Instituto Brasileiro de Estudos e Pesquisas de Gastroenterologia (IBEPEGE)
2005-06-01
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Series: | Arquivos de Gastroenterologia |
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doaj-58d5facbfa9640aeb79a75a74c6de5092020-11-25T01:37:05ZengInstituto Brasileiro de Estudos e Pesquisas de Gastroenterologia (IBEPEGE)Arquivos de Gastroenterologia0004-28031678-42192005-06-01422838810.1590/S0004-28032005000200004Qualidade de vida do doador após transplante hepático intervivos Donor quality of life after living donor liver transplantationJúlio Cezar Uili CoelhoMônica Beatriz ParolinGiorgio Alfredo Pedroso BarettaSilvania Klug PimentelAlexandre Coutinho Teixeira de FreitasDaniel ColmanRACIONAL: A qualidade de vida do doador após transplante hepático intervivos ainda não foi avaliada em nosso meio. OBJETIVO: Avaliar a qualidade de vida do doador após transplante hepático intervivos. MÉTODOS: De um total de 300 transplantes hepáticos, 51 foram de doadores vivos. Doadores com seguimento menor do que 6 meses e os que não quiseram participar do estudo foram excluídos. Os doadores responderam a um questionário de 28 perguntas abordando os vários aspectos da doação, sendo também avaliados dados demográficos e clínicos dos mesmos. RESULTADOS: Trinta e sete doadores aceitaram participar do estudo. Destes, 32 eram parentes de primeiro ou de segundo grau do receptor. O esclarecimento sobre o caráter voluntário da doação foi adequado para todos pacientes. Apenas um (2%) não doaria novamente. A dor pós-operatória foi pior do que o esperado para 22 doadores (59%). O retorno às atividades normais ocorreu em menos de 3 meses para 21 doadores (57%). Vinte e um doadores (57%) tiveram perda financeira com a doação devido a gastos com medicamentos, exames, transporte ou perda de rendimentos. Trinta e três (89%) não tiveram modificação ou limitação na sua vida após a doação. Os aspectos mais negativos da doação foram a dor pós-operatória e a presença de cicatriz cirúrgica. A maioria das complicações pós-operatória foi resolvida com o tratamento clínico, mas complicações graves ou potencialmente fatais ocorreram em dois pacientes. CONCLUSÕES: A maioria dos doadores apresentou boa recuperação e retornou completamente as suas atividades normais poucos meses após a doação. O aspecto mais negativo da doação foi a dor pós-operatória.<br>BACKGROUND: Quality of life of the donor after living donor liver transplantation has not been evaluated in Brazil yet. AIM: To evaluate the quality of live of the donor after living donor liver transplantation. METHODS: Of a total of 300 liver transplantations, 51 were of living donors. All donors with less than 6 months of follow-up and those who did not want to participate were excluded from the study. The donors answered a questionnaire contained 28 questions about several aspects of donation. Demographic and clinical data from the donors were also evaluated. RESULTS: Thirty-seven donors were included in the study. Thirty-two were first or second degree relatives of the receptor. Only one donor would not donate again. Twenty-two donors (59%) experienced more postoperative pain than they had previously anticipated. Return to regular activities occurred in less than 3 months for 21 donors (57%). Twenty-one donors (57%) referred financial loss with the donation due to expenses with medications, exams, transportation or lost wages. Thirty-three (89%) had no modification or limitation in their lives after donation. The most negative aspects of donation were postoperative pain and the presence of a surgical scar. Most postoperative complications resolved with clinical treatment, but severe or potentially fatal complications occurred in two patients. CONCLUSIONS: Most donors had good recovery and returned to regular activities few months after donation. The most negative aspect of donation was postoperative pain.http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-28032005000200004Qualidade de vidaTransplante de fígadoObtenção de órgãosDoadores vivosQuality of lifeLiver transplantationOrgan procurementLiving donors |
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RACIONAL: A qualidade de vida do doador após transplante hepático intervivos ainda não foi avaliada em nosso meio. OBJETIVO: Avaliar a qualidade de vida do doador após transplante hepático intervivos. MÉTODOS: De um total de 300 transplantes hepáticos, 51 foram de doadores vivos. Doadores com seguimento menor do que 6 meses e os que não quiseram participar do estudo foram excluídos. Os doadores responderam a um questionário de 28 perguntas abordando os vários aspectos da doação, sendo também avaliados dados demográficos e clínicos dos mesmos. RESULTADOS: Trinta e sete doadores aceitaram participar do estudo. Destes, 32 eram parentes de primeiro ou de segundo grau do receptor. O esclarecimento sobre o caráter voluntário da doação foi adequado para todos pacientes. Apenas um (2%) não doaria novamente. A dor pós-operatória foi pior do que o esperado para 22 doadores (59%). O retorno às atividades normais ocorreu em menos de 3 meses para 21 doadores (57%). Vinte e um doadores (57%) tiveram perda financeira com a doação devido a gastos com medicamentos, exames, transporte ou perda de rendimentos. Trinta e três (89%) não tiveram modificação ou limitação na sua vida após a doação. Os aspectos mais negativos da doação foram a dor pós-operatória e a presença de cicatriz cirúrgica. A maioria das complicações pós-operatória foi resolvida com o tratamento clínico, mas complicações graves ou potencialmente fatais ocorreram em dois pacientes. CONCLUSÕES: A maioria dos doadores apresentou boa recuperação e retornou completamente as suas atividades normais poucos meses após a doação. O aspecto mais negativo da doação foi a dor pós-operatória.<br>BACKGROUND: Quality of life of the donor after living donor liver transplantation has not been evaluated in Brazil yet. AIM: To evaluate the quality of live of the donor after living donor liver transplantation. METHODS: Of a total of 300 liver transplantations, 51 were of living donors. All donors with less than 6 months of follow-up and those who did not want to participate were excluded from the study. The donors answered a questionnaire contained 28 questions about several aspects of donation. Demographic and clinical data from the donors were also evaluated. RESULTS: Thirty-seven donors were included in the study. Thirty-two were first or second degree relatives of the receptor. Only one donor would not donate again. Twenty-two donors (59%) experienced more postoperative pain than they had previously anticipated. Return to regular activities occurred in less than 3 months for 21 donors (57%). Twenty-one donors (57%) referred financial loss with the donation due to expenses with medications, exams, transportation or lost wages. Thirty-three (89%) had no modification or limitation in their lives after donation. The most negative aspects of donation were postoperative pain and the presence of a surgical scar. Most postoperative complications resolved with clinical treatment, but severe or potentially fatal complications occurred in two patients. CONCLUSIONS: Most donors had good recovery and returned to regular activities few months after donation. The most negative aspect of donation was postoperative pain. |
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