Meio ambiente, Celso Furtado e o desenvolvimento como falácia The environment, Celso Furtado and development as a fallacy

O trabalho de Celso Furtado como pensador social é conhecido por suas enormes contribuições ao entendimento dos problemas do desenvolvimento no contexto dos países subdesenvolvidos. Sua teoria do subdesenvolvimentom, elaborada há quatro décadas, persiste como uma visão atual da realidade. Furtado re...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Clóvis Cavalcanti
Format: Article
Language:English
Published: Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ambiente e Sociedade (ANPPAS) 2003-01-01
Series:Ambiente & Sociedade
Subjects:
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-753X2003000200005
Description
Summary:O trabalho de Celso Furtado como pensador social é conhecido por suas enormes contribuições ao entendimento dos problemas do desenvolvimento no contexto dos países subdesenvolvidos. Sua teoria do subdesenvolvimentom, elaborada há quatro décadas, persiste como uma visão atual da realidade. Furtado repassa constantemente conceitos como o de dependência, concentração de renda, mimetismo cultural, relações assimétrias centro-periferia, mercado interno e muitos outros, além de trabalhar uma visão estruturalista do subdesenvolvimento, do desenvolvimento e de fenômenos correlatos. No livro O Mito do Desenvolvimento ele levanta duas questões não comuns ao restante da sua obra. A primeira delas diz respeito aos impactos do processo econômico no meio físico, na natureza _ um tema completamente alheio ao núcleo do pensamento tradicional da ciência da economia . A segunda se refere à constatação do caráter de mito moderno do desenvolvimento econômico. Que Furtado tenha feito isso em 1974, época do Milagre, demonstra o vigor de seu pensamento visionário. Vale a pena voltar ao assunto. É o que se faz no artigo.<br>The work of Celso Furtado as a social thinker is known because of its great contribution to understanding development issues in the context of underdeveloped countries. His theory of underdevelopment, conceived four decades ago, persists as a current vision of reality. Furtado constantly re-examines concepts such as dependency, income concentration, cultural mimetism, asymmetric relations between center and periphery, internal market and many others, in addition to working with a structuralist vision of underdevelopment, development and related phenomena. In his book The Myth of Development, he raises two questions which are not common in the rest of his work. The first deals with the impact of the economic process on the physical medium, on nature _ a subject that is completely strange to the core of traditional thought of economic science. The second refers to the verification of the quality of modern myth of economic development. That Furtado had done this in 1974, the time of the Miracle, demonstrates the vigor of his visionary thought. It is worthwhile revisiting the matter. This article is devoted to such task.
ISSN:1414-753X