Perfil clínico e laboratorial da intoxicação canina por Ricinus communis: Relato de dois caso

As intoxicações por Ricinus communis encontram-se amplamente descritas em medicina humana e veterinária, ocasionando manifestações clínicas de intensidade distinta entre as espécies, na dependência da suscetibilidade individual, da quantidade ingerida e das partes ou subprodutos relacionados à plant...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Fabio Navarro Baltazar, Mariana Haddad Capellanes, Kimberly K. R. da Costa, Carla Alice Berl
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Editora MV Valero 2018-12-01
Series:Pubvet
Subjects:
Online Access:http://www.pubvet.com.br/artigo/5373/perfil-cliacutenico-e-laboratorial-da-intoxicaccedilatildeo-canina-por-ricinus-communis-relato-de-dois-caso
Description
Summary:As intoxicações por Ricinus communis encontram-se amplamente descritas em medicina humana e veterinária, ocasionando manifestações clínicas de intensidade distinta entre as espécies, na dependência da suscetibilidade individual, da quantidade ingerida e das partes ou subprodutos relacionados à planta ingeridos, como o adubo denominado torta de mamona. Os sinais e sintomas comumente observados nos pacientes intoxicados incluem principalmente manifestações gastrointestinais, porém há possibilidade de envolvimento do sistema circulatório nos quadros mais graves. O presente relato descreve dois animais da espécie canina (aqui denominados “paciente 1”, da raça golden retriever, e “paciente 2”, sem raça definida), admitidos no ambulatório do Hospital Veterinário Pet Care apresentando êmese e prostração após terem ingerido torta de mamona, durante a adubação do jardim domiciliar dos tutores. Ambos os animais permaneceram internados para terapia suporte sintomáticos intravenosos e foram submetidos à hematologia, bioquímica sérica completa, ultrassonografia abdominal, dosagem de lipase específica pancreática (SPEC), além de tempo de protrombina e de tromboplastina parcial ativada apenas para o cão que apresentou sinais sugestivos de pancreatite no referido exame imaginológico (“paciente 2”). As análises hematológicas revelaram apenas leucocitose, e os exames bioquímicos não apresentaram alterações, assim como as dosagens de lipase específica pancreática, porém observou-se aumento no tempo de tromboplastina parcial ativada. O período de hospitalização compreendeu 24 e 72 horas, respectivamente, uma vez que o animal sem raça definida (“paciente 2”) apresentou-se hipotenso na admissão hospitalar e no período intensivo inicial. Ambos apresentaram evolução clínica favorável, tendo recebido alta no quarto dia após a ingestão do adubo. Desta maneira, conclui-se o prognóstico favorável na dependência da instituição terapêutica precoce, especialmente quando realizada de maneira intensiva. Palavras chave: ricina, cães, intoxicação por plantas.
ISSN:1982-1263