Summary: | Resumo Entre aproximações e distanciamentos, o sentimento da paisagem (stimmung) resulta de um longo debate que coloca em questão a racionalidade definitiva do mundo. A conflitualidade latente entre razão e emoção leva Kant a admitir a possibilidade da apreensão suprassensível da natureza. Sulzer e Herder alinham-se com ressalvas nessa direção, reconhecendo a existência de prazer ou excitação, provocados a partir da interação exterior. Carus, a partir de então, refere-se diretamente ao sentimento da paisagem, apoiado em influências cruzadas de Goethe e Humboldt. Este artigo pretende acompanhar essa trajetória de elaboração conceitual, reconhecendo à pintura a capacidade de suscitar, em Carus, o estímulo para a apreensão sensível do mundo.
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