Análise de interações medicamentosas e alimentares em pacientes com AIDS em uso da TARV associada à terapia de resgate

A combinação de antirretrovirais da terapia de resgate na Síndrome da Imunodeficiência Adquirida aumenta os riscos de interações medicamentosas e alimentares. Este estudo teve como objetivo analisar o risco de interações medicamentosas e alimentares no uso da terapia antirretroviral com medicamentos...

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Bibliographic Details
Main Authors: Adriana Antônia Cruz Furini, Tiago Aparecido Maschio de Lima, Jean Francisco Rodrigues, Maristela Sanches Bertasso Borges, Everton Gonçalves Braga do Carmo, Marina Craice Cecchim, Tamires Bitencourt, Josiany Borges Furini, Ricardo Luiz Dantas Machado
Format: Article
Language:English
Published: São Paulo State University (UNESP) 2015-07-01
Series:Revista de Ciências Farmacêuticas Básica e Aplicada
Subjects:
Online Access:http://rcfba.fcfar.unesp.br/index.php/ojs/article/view/32
Description
Summary:A combinação de antirretrovirais da terapia de resgate na Síndrome da Imunodeficiência Adquirida aumenta os riscos de interações medicamentosas e alimentares. Este estudo teve como objetivo analisar o risco de interações medicamentosas e alimentares no uso da terapia antirretroviral com medicamentos do resgate por 40 pacientes com AIDS de um Hospital quaternário da região Noroeste paulista. Trata-se de um estudo exploratório-descritivo de abordagem quantitativa e qualitativa, realizado no período entre 2012 e 2013. Os pacientes foram entrevistados através de questionário elaborado pela equipe multidisciplinar de saúde. As entrevistas foram realizadas pela equipe de farmacêuticos. As interações foram avaliadas por bases de dados informatizados. O esquema composto por darunavir, enfuvirtida, lamivudina, raltegravir e ritonavir foi o mais utilizado (32,5%) pelos pacientes. Os antirretrovirais que mais apresentaram risco de interações alimentares foram ritonavir, darunavir e tenofovir, em 31 (77,5%), 29 (72,5%) e 21 (52,5%) pacientes, respectivamente. Foram identificados 87 tipos de potenciais interações medicamentosas, e sete foram classificadas como de nível maior. Neste estudo todas as prescrições apresentaram riscos para interações medicamentosas e demonstraram a importância do monitoramento pela equipe multidisciplinar. Contudo, a maioria das interações medicamentosas foi benéfica, decorrentes da potencialização do efeito terapêutico em consequência do sinergismo entre os fármacos da terapia antirretroviral. A interação entre farmacêuticos e prescritores pode contribuir para a farmacoterapia racional e segura do paciente.
ISSN:1808-4532
2179-443X