Política e ridicularização: uma sociologia pragmática da “graça” da crítica em cartazes das “Jornadas de Junho”
O objetivo deste artigo é analisar o papel desempenhado pela matriz formal de uma crítica jocosa para sua efetivação em situações de crítica públicas, com ênfase no processo de ridicularização do objeto da crítica e da mobilização da “graça” como competência de efetivação. Para tanto, são observa...
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Universidade do Estado do Rio de Janeiro
2019-12-01
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doaj-620a8231535843ebbd2521f7a501b3442020-11-25T02:03:24ZporUniversidade do Estado do Rio de JaneiroInterseções1517-60882317-14562019-12-01213611653Política e ridicularização: uma sociologia pragmática da “graça” da crítica em cartazes das “Jornadas de Junho” Alexandre Werneck0UFRJO objetivo deste artigo é analisar o papel desempenhado pela matriz formal de uma crítica jocosa para sua efetivação em situações de crítica públicas, com ênfase no processo de ridicularização do objeto da crítica e da mobilização da “graça” como competência de efetivação. Para tanto, são observados cartazes levados aos protestos ocorridos ao longo de 2013-2014, no Brasil, que recorreram à jocosidade. A análise, com base em uma abordagem pragmática da crítica, e que consistiu na observação, padronização e tipificação de forma e conteúdo de cerca de 350 cartazes considerados jocosos, permitiu acessar o discurso crítico em momentos nos quais ele se afasta do imperativo de racionalidade do processo de justificação, em uma mecânica na qual o criticado tem sua grandeza atacada por meio de sua redução ao ridículo. São, assim, tipificados cinco regimes de ridicularização usados nas manifestações e cujas competências são formas da graça, quando mobilizadas para ridicularizar: 1) analogias valorativas; 2) niilismo; 3) manifestismo; 4) pautismo; e 5) ataque ao poder. A partir deles, foi possível ainda observar uma competência de observação crítica jocosa do mundo fundada na graça. https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/intersecoes/article/view/47254/31509críticaridicularizaçãoprotestosjornadas de junhopragmatismo |
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O objetivo deste artigo é analisar o papel desempenhado pela matriz formal de uma crítica
jocosa para sua efetivação em situações de crítica públicas, com ênfase no processo de
ridicularização do objeto da crítica e da mobilização da “graça” como competência de
efetivação. Para tanto, são observados cartazes levados aos protestos ocorridos ao longo de
2013-2014, no Brasil, que recorreram à jocosidade. A análise, com base em uma abordagem
pragmática da crítica, e que consistiu na observação, padronização e tipificação de forma e
conteúdo de cerca de 350 cartazes considerados jocosos, permitiu acessar o discurso crítico em
momentos nos quais ele se afasta do imperativo de racionalidade do processo de justificação,
em uma mecânica na qual o criticado tem sua grandeza atacada por meio de sua redução ao
ridículo. São, assim, tipificados cinco regimes de ridicularização usados nas manifestações e
cujas competências são formas da graça, quando mobilizadas para ridicularizar: 1) analogias
valorativas; 2) niilismo; 3) manifestismo; 4) pautismo; e 5) ataque ao poder. A partir deles,
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