Tempo de trânsito oral e lateralidade da lesão cerebral no acidente vascular encefálico

RESUMO Introdução O tempo de trânsito orofaríngeo se modifica de acordo com inúmeras variáveis. Objetivo Comparar o tempo de trânsito oral total (TTOT) e a lateralidade da lesão cerebral no indivíduo após acidente vascular encefálico (AVE), com disfagia orofaríngea. Métodos Foram analisados 61...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Thaís Coelho Alves, Rarissa Rúbia Dallaqua dos Santos, Paula Cristina Cola, Adriana Gomes Jorge, Ana Rita Gatto, Roberta Gonçalves da Silva
Format: Article
Language:English
Published: Academia Brasileira de Audiologia 2017-11-01
Series:Audiology: Communication Research
Subjects:
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2317-64312017000100338&lng=en&tlng=en
Description
Summary:RESUMO Introdução O tempo de trânsito orofaríngeo se modifica de acordo com inúmeras variáveis. Objetivo Comparar o tempo de trânsito oral total (TTOT) e a lateralidade da lesão cerebral no indivíduo após acidente vascular encefálico (AVE), com disfagia orofaríngea. Métodos Foram analisados 61 exames de videofluoroscopia da deglutição de indivíduos pós-AVE hemisférico unilateral e isquêmico. Os participantes foram divididos em dois grupos: O Grupo 1 (G1) foi composto de 30 indivíduos com lesão cortical direita e o Grupo 2 (G2), de 31 indivíduos com lesão cortical esquerda. A análise quantitativa do TTOT foi feita por dois juízes treinados no procedimento, por meio de software específico e foi realizada a análise da confiabilidade entre julgadores. Para a análise dos resultados, utilizou-se o teste Mann-Whitney. Resultados Verificou-se que, no G1, o TTOT foi maior que 2000 ms em 50% dos indivíduos e, no G2, em 94% dos indivíduos, ocorrendo diferença estatística significativa entre os grupos (p<0,01). Na comparação entre G1 e G2, para o TTOT, observou-se diferença estatística significativa (p=0,001). Entretanto, não houve diferença estatística significativa na comparação do G1 e G2, tanto para o TTOT menor que 2000 ms (p=1,000), como para o TTOT maior que 2000 ms (p=0,603). Contudo, verificou-se que, no G2, a média do TTOT maior que 2000 ms foi superior, quando comparada ao G1. Conclusão Houve tempo de trânsito oral total maior e menor que 2000 ms, em ambos os hemisférios corticais lesionados. A frequência de indivíduos com tempo de trânsito oral total maior que 2000 ms, bem como a média desse tempo, foram maiores na lesão cortical à esquerda no AVE.
ISSN:2317-6431