A extensão universitária e a prevenção da violência obstétrica
A violência obstétrica se caracteriza pela apropriação do corpo e dos processos reprodutivos das mulheres pelos profissionais de saúde, através do atendimento desumanizado, medicalização e uso de processos artificiais, causando a perda da autonomia e da capacidade de decidir livremente sobre seus co...
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Universidade Estadual Paulista, Pró-Reitoria de Extensão Universitária
2017-03-01
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Series: | Revista Ciência em Extensão |
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doaj-6676c613fa564c5aadbb6bf76f75c0022020-11-24T23:30:46ZporUniversidade Estadual Paulista, Pró-Reitoria de Extensão UniversitáriaRevista Ciência em Extensão1679-46052017-03-01131176189890A extensão universitária e a prevenção da violência obstétricaThamiles Sena da Silva0Rosana Oliveira de Melo1Mariana Pompeu Sodré2Rita de Cássia Rocha Moreira3Zannety Conceição Silva do Nascimento Souza4Universidade Estadual de Feira de SantanaUNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANAUNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANAUNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANAUNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANAA violência obstétrica se caracteriza pela apropriação do corpo e dos processos reprodutivos das mulheres pelos profissionais de saúde, através do atendimento desumanizado, medicalização e uso de processos artificiais, causando a perda da autonomia e da capacidade de decidir livremente sobre seus corpos e sua sexualidade, impactando negativamente a qualidade de vida de mulheres. Este trabalho acadêmico objetiva relatar a experiência de docentes e discentes em ações extensionistas, com práticas de educação em saúde para a prevenção da violência obstétrica, entre as mulheres atendidas por um projeto de extensão de uma Universidade Pública Estadual na Bahia. Trata-se de um relato de experiência de integrantes de um núcleo de extensão e pesquisa cujas atividades foram desenvolvidas no período de fevereiro a dezembro de 2015, com gestantes atendidas em Unidade Básica de Saúde (UBS) de um município baiano. Realizaram-se as seguintes atividades: atendimento clínico em pré-natal, práticas educativas em saúde, como roda de conversa e capacitação para profissionais de saúde sobre a importância da atenção humanizada à mulher em transcurso parturitivo. As práticas educativas em saúde mostram-se como uma estratégia de caráter efetivo quando o objetivo ofertar informações a uma determinada clientela. Um recurso, por meio do qual, o conhecimento cientificamente produzido no campo da saúde, alcança o cotidiano das pessoas, e se constitui como um conjunto de práticas para a promoção da saúde e prevenção de agravos. A execução das rodas de conversa com apresentação e distribuição de cartilhas despertou interesse das gestantes e seus acompanhantes em sala de espera em conhecer estratégias que possam evitar e prevenir a violência obstétrica. Esse modelo didático possibilita aproximação do estudante com as gestantes, pois incentiva o acolhimento e permite o desenvolvimento intelectual e cognitivo necessários em uma ação educativa. No que diz respeito ao atendimento clínico, foi possível reconhecer a satisfação das mulheres ao serem atendidas pelas estudantes bolsistas e voluntárias, e pelas docentes do projeto de extensão. As consultas clínicas se configuraram como um momento de escuta e diálogo entre gestantes e profissionais, o que tornou possível a formação de vínculos e favoreceu a resolubilidade das situações de saúde demandadas pelas gestantes. A capacitação dos ACS representou um elo a mais na cadeia de consolidação do movimento em defesa da atenção ao Parto Humanizado, ou seja, uma forma de dizer não à violência obstétrica, uma vez que um dos temas abordados nessa capacitação foi a presença do acompanhante durante o pré-natal, parto e puerpério, garantida pela lei 11.108 de 2005. Assim, a capacitação também se configurou como uma ampliação das ações de extensão, pois, tem-se agora um maior número de pessoas que socializa indiretamente a defesa da não violência obstétrica. Os resultados das atividades de extensão podem possibilitar um novo corpo de conhecimento e vivências que se agregam à teoria apreendida pelos acadêmicos, além de permitir a consolidação das políticas públicas de atendimento à mulher, em especial com vistas à redução da violência obstétrica, bem como, a diminuição dos índices de morbimortalidade materna e infantil no município.http://ojs.unesp.br/index.php/revista_proex/article/view/1589Educação em saúdeViolência obstétricaPré-natal |
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