Revoluções, incomensurabilidade e racionalidade científica nos escritos tardios de Thomas Kuhn

Kuhn continuou produzindo filosofia de muito boa qualidade após A estrutura das revoluções científicas (1962), até seu falecimento em 1996. Este artigo descreve as mudanças em seu pensamento a respeito de três teses: (1) a de que o desenvolvimento da ciência não é cumulativo, (2) a de que paradigmas...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Tamires Dal Magro
Format: Article
Language:English
Published: Universidade Federal de Santa Catarina 2013-04-01
Series:Principia: An International Journal of Epistemology
Subjects:
Online Access:https://periodicos.ufsc.br/index.php/principia/article/view/30734
Description
Summary:Kuhn continuou produzindo filosofia de muito boa qualidade após A estrutura das revoluções científicas (1962), até seu falecimento em 1996. Este artigo descreve as mudanças em seu pensamento a respeito de três teses: (1) a de que o desenvolvimento da ciência não é cumulativo, (2) a de que paradigmas são incomensuráveis e (3) a de que a escolha de novos paradigmas nos períodos de revolução não se baseia apenas em observações e raciocínios lógicos. Essas três teses foram objeto de controvérsias na recepção inicial da obra de Kuhn, motivando fortes críticas à imagem da ciência alegadamente defendida pelo autor. Em resposta a essas críticas Kuhn enfatizou o aspecto realista de sua filosofia e reformulou em termos mais linguísticos as teses (1) e (2), mas deixou inalterada a tese (3). Argumentamos que as mudanças introduzidas em (1) e (2) tornaram as concepções de Kuhn mais precisas e menos abrangentes, e que a tese (3) não chegou a ser adequadamente desenvolvida.
ISSN:1414-4247
1808-1711