De Menino a Homem. Discursos sobre a Puberdade Masculina na Endocrinologia (Buenos Aires, décadas de 1950 e 1960)

Objetivos: este artigo propõe-se analisar os discursos sobre a puberdade da endocrinologia e a  siologia na Argentina nas décadas de 1950 e 1960. Se pretende problematizar a relação da medicina e a ciência com supostos morais sobre a infância e as diferenças de gênero. Desenvolvimento: estud...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Cecilia Rustoyburu, PhD
Format: Article
Language:Spanish
Published: Universidad Colegio Mayor Nuestra Señora del Rosario 2017-10-01
Series:Revista Ciencias de la Salud
Subjects:
Online Access:https://revistas.urosario.edu.co/index.php/revsalud/article/view/6125
Description
Summary:Objetivos: este artigo propõe-se analisar os discursos sobre a puberdade da endocrinologia e a  siologia na Argentina nas décadas de 1950 e 1960. Se pretende problematizar a relação da medicina e a ciência com supostos morais sobre a infância e as diferenças de gênero. Desenvolvimento: estudam-se artigos e livros de Alberto Bernardo Houssay e Martín Cullen, dois especialistas que formaram parte da renovação e consolidação disciplinar posterior a 1955. Conclusões: as noções sobre masculinidade e infância mediaram nas leituras dos pacientes interpretados como homens que não se adequavam à norma que estabelecia uma idade esperada para a puberdade, uns genitais de um tamanho preestabelecido e uma morfologia “varonil”. Os discursos dos endocrinólogos de Buenos Aires insertavam-se em uma linha interpretativa hegemônica no cenário internacional que reconhecia ao funcionamento hormonal como um sistema complexo regulado pela hipó se. No entanto, aprecia-se a preeminência de leituras tradicionais onde a diferença sexual se inscrevia não só no metabolismo, mas também na musculatura, a pele, os esqueletos e os comportamentos. A puberdade se convertia em um período vital de especial observação porque signi cava o estabelecimento da diferença sexual nos corpos. As intervenções se debatiam entre a aplicação dos fármacos disponíveis no mercado e as precauções que impunham os reparos anunciados pela pediatria psicossomática.
ISSN:1692-7273
2145-4507