A raposa, o queijo e o corvo: análise à luz da semântica interpretativa de uma fábula de Jean-Pierre Verheggen
O texto que analisaremos segundo os desenvolvimentos propostos pela semântica interpretativa pertence à coletânea On n’est pas sérieux quand on a 117 ans [Não se é sério quando se tem 117 anos] e mais especificamente ao capítulo “Portrait de l’artiste en enfant idiot” [Retrato do artista quando cria...
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Universidade de São Paulo, Letras e Ciências Humanas
2012-06-01
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O texto que analisaremos segundo os desenvolvimentos propostos pela semântica interpretativa pertence à coletânea On n’est pas sérieux quand on a 117 ans [Não se é sério quando se tem 117 anos] e mais especificamente ao capítulo “Portrait de l’artiste en enfant idiot” [Retrato do artista quando criança boba], uma seção que reúne textos relativos às lembranças da infância do autor belga, Jean Pierre Verheggen. O texto “Fable” aparece como uma paródia da fábula “Le Corbeau et le Renard” [A Raposa e o Corvo], de Jean de La Fontaine. Com efeito, algumas fórmulas emblemáticas da fábula original foram mantidas, os atores são parecidos e, apesar de estar parodiado, a progressão é idêntica. Numa primeira etapa breve, mostraremos as semelhanças com a fábula de origem. Em seguida, será preciso efetuar uma primeira leitura do texto para caracterizar a impressão referencial e descrever os efeitos produzidos. Finalmente, vamos nos concentrar numa outra leitura, através da identificação das redes isotópicas subjacentes, da descrição da organização destas redes e dos efeitos produzidos referentes a suas relações. Após a análise, tentaremos esclarecer os processos formais e as recorrências semânticas no texto e na obra geral de Verheggen. Por isso, proporemos expandir a análise temática com as denominações das várias isotopias e compor as moléculas de relações sêmicas a partir desta nova base. |
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