Mortalidade infantil e condições sociodemográficas no Ceará, em 1991 e 2000 Infant mortality and sociodemographic conditions in Ceará, Brazil, 1991 and 2000

OBJETIVO: Analisar os modelos explicativos ecológicos para a taxa de mortalidade infantil no Ceará, em dois períodos distintos. MÉTODOS: Estudo ecológico transversal de dois anos censitários, 1991 e 2000, a partir de informações desagregadas por municípios do Ceará. Foram utilizadas as estimativas d...

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Main Authors: José Gomes Bezerra Filho, Lígia Regina Franco Sansigolo Kerr Pontes, Daniel de Lima Miná, Maurício Lima Barreto
Format: Article
Language:English
Published: Universidade de São Paulo 2007-12-01
Series:Revista de Saúde Pública
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Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89102007000600018
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Mortalidade infantil e condições sociodemográficas no Ceará, em 1991 e 2000 Infant mortality and sociodemographic conditions in Ceará, Brazil, 1991 and 2000
Revista de Saúde Pública
Mortalidade infantil
Fatores socioeconômicos
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Modelos lineares
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description OBJETIVO: Analisar os modelos explicativos ecológicos para a taxa de mortalidade infantil no Ceará, em dois períodos distintos. MÉTODOS: Estudo ecológico transversal de dois anos censitários, 1991 e 2000, a partir de informações desagregadas por municípios do Ceará. Foram utilizadas as estimativas da taxa de mortalidade infantil do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas. Para os demais indicadores foram utilizadas diferentes fontes do Sistema de Informação de Saúde. Os principais fatores de risco foram encontrados empregando-se regressão linear múltipla. RESULTADOS: Para 1991, as variáveis preditoras da mortalidade infantil (R2=0,3575) nos municípios foram: proporção de residências pequenas (beta=0,0043; ro=0,010), de pessoas que vivem em domicílios com água encanada (beta=-0,0029; ro=0,024), de crianças de dez a 14 anos que trabalham (beta=0,0049; ro=0,017), de alfabetizados (beta=-0,0062; ro=0,031), taxa de urbanização (beta=0,0032; ro=0,004), taxa de fecundidade total (beta=0,0351; ro=0,024), chefes de família com renda mensal menor que meio salário mínimo (beta=0,0056; ro=0,000). Em 2000, os possíveis determinantes (R2=0,3236) foram: proporção de crianças menores de dois anos desnutridas (beta=0,0064; ro=0,024), de imóveis com esgotamento sanitário adequado (beta=-0,0024; ro=0,010), de despesa com recursos humanos da saúde em relação à despesa total em saúde (beta=-0,0024; ro=0,027), de valor da produção vegetal em relação ao total do estado (beta=-0,1090; ro=0,001), de mulheres alfabetizadas (beta=-0,0068; ro=0,044), intensidade da pobreza (beta=0,0065; ro=0,002) e índice de envelhecimento (beta=-0,0100; ro=0,006). CONCLUSÕES: Embora as variáveis não tenham sido exatamente as mesmas para os anos, percebeu-se tendência de mudança dos determinantes da mortalidade infantil, excetuando-se os indicadores de educação, renda e saneamento. A queda generalizada da fecundidade resultou na perda de seu poder descriminante, sendo substituída pelo índice de envelhecimento. Outra tendência observada foi a substituição de variáveis demográficas por indicadores de assistência à saúde.<br>OBJECTIVE: To assess ecological models to describe infant mortality rate in Ceara (Northeastern Brazil) in two different periods of time. METHODS: This was a cross-sectional ecologic study of two years, 1991 and 2000, using non-matching information per municipalities. Estimates on the infant mortality rate of the Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Institute of Applied Economic Research) have been used. For the remaining indicators different sources of the System of Health Information were used. The main risk factors were assessed using multiple linear regression. RESULTS: In 1991, the variables that predicted infant mortality rate (R2=0.3575) were: small houses (beta=0.0043; rho=0.010), proportion of inhabitants with tap water in the household (beta=-0.0029; rho=0.024), urbanization rate (beta=0.0032; rho=0.004), fecundity rate (beta=0.0351; rho=0.024), the proportion of children working at 10-14 years (beta=0.0049; rho=0.017), proportion of families with income < &frac12; minimum wage (beta=0.0056; rho=0.000), that can read and write (beta=-0.0062; rho=0.031). In the year 2000, the following possible determinants were identified (R2=0.3236): the proportion of children <2 years of age with malnutrition (beta=0.0064; rho=0.024), proportion of households with adequate sanitation (beta=-0.0024; rho=0.010), proportion of women who could read and write (beta=-0.0068; rho=0.044), expenses on health human resources regarding total health expenses (beta=-0.0024; rho=0.027), proportion of the value of the vegetal production in relation to the total of the state (beta=-0.1090; rho=0.001), intensity of poverty (beta=0.0065; rho=0.002), and ageing index (beta=-0.0100; rho=0.006). CONCLUSIONS: Although the variables have not been exactly the same for the evaluated period, determiners of infant mortality have been changing, except for indicators of education, income and sanitation. The overall decrease in fecundity led to a reduction in its discriminating power, and it was replaced by the ageing index. Another tendency observed was the replace of several demographic variables by health care indicators.
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