Summary: | RESUMO Objetivo Verificar o número de sintomas vocais relatados por professoras e a relação com a autopercepção das limitações das atividades diárias associadas à voz, aspectos pessoais, ocupacionais e clínicos. Métodos Trata-se de estudo realizado por meio da análise de dados secundários dos prontuários das professoras atendidas no ambulatório de voz de um hospital de ensino. As informações de interesse foram: idade, número de turnos lecionados, atividades paralelas à docência, uso de ventilador, ruído de conversação, poeira, ruído de obras, ruído externo, hábito de gritar, tabagismo, hidratação, uso de pastilha, prática de atividade física associada à fala, tipo e grau da disfonia, sintomas vocais proprioceptivos e respostas ao Protocolo do Perfil de Participação e Atividades Vocais (PPAV). Foi realizada análise descritiva e inferencial. Resultados Foram coletadas informações de 103 prontuários, nos quais se verificou elevada prevalência de sintomas vocais, sendo os mais frequentes: fadiga após o uso prolongado da voz, garganta seca, pigarro e ardência. Observou-se associação entre o número de sintomas vocais e o hábito de gritar, ruído de conversação e percepção do impacto da disfonia pelas docentes. O número de sintomas vocais autorrelatados foi positivamente correlacionado com todos os parâmetros avaliados pelo PPAV. Conclusão Há elevada frequência de sintomas vocais proprioceptivos entre as professoras. O ruído por conversação e o hábito de gritar estão associados ao número de sintomas vocais, assim como os parâmetros de autopercepção do impacto da disfonia, segundo o PPAV.
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