Arte como não realização do desejo em Jean-François Lyotard.
Como sugere o título do artigo, pretendo apresentar aqui a tese estética que toma forma na obra Discurso, figura (1971), de Jean-François Lyotard, a partir da seguinte proposição: a arte é a não realização do desejo. Para defender esta tese, Lyotard articula arte, linguagem e inconsciente, colocand...
Main Author: | |
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Format: | Article |
Language: | English |
Published: |
Universidade Federal de Ouro Preto
2017-07-01
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Series: | Artefilosofia |
Subjects: | |
Online Access: | https://www.periodicos.ufop.br/raf/article/view/865 |
Summary: | Como sugere o título do artigo, pretendo apresentar aqui a tese estética que toma forma na obra Discurso, figura (1971), de Jean-François Lyotard, a partir da seguinte proposição: a arte é a não realização do desejo. Para defender esta tese, Lyotard articula arte, linguagem e inconsciente, colocando a arte e o sonho no mesmo espaço, o espaço figural, espaço da representação e do desejo. O retorno a Freud é marcado não somente pela intersecção de sua tese estética com as questões referentes à elaboração onírica presentes em Interpretação dos sonhos (1900), mas também pelo acesso ao texto de Freud Da negação (1925), traduzido pelo próprio Lyotard para a língua francesa, onde o julgamento negativo (o não) do discurso, quando da imersão da criança na linguagem, estabelece uma dimensão referencial (visão) e representacional, inaugurando uma separação entre sujeito e objeto, vidente e visível. Além da demarcação da relação entre o espaço textual e o espaço figural, uma análise da distinção entre oposição e diferença emerge como crítica à dialética hegeliana e ao estruturalismo de Saussure e Jackobson, ambos atuando como fio condutor para o entendimento da proposição elementar enunciada.
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ISSN: | 1809-8274 2526-7892 |