Reverberações das experiências extramurais no ensino da Odontologia

Introdução: O perfil do cirurgião‑dentista, eminentemente técnico, resulta de uma formação voltada à clínica dentária – cosmética e descontextualizada. Nesse cenário, surgem as Diretrizes Curriculares Nacionais, as quais trazem em seu bojo, dentre outras recomendações, a ampliação dos espaços de ens...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Patricia Ferreira de Sousa Viana, Shara Jane Holanda Costa Adad, José Ivo dos Santos Pedrosa
Format: Article
Language:English
Published: Faculdade de Medicina do ABC 2015-12-01
Series:ABCS Health Sciences
Subjects:
Online Access:http://www.portalnepas.org.br/abcshs/article/view/794
Description
Summary:Introdução: O perfil do cirurgião‑dentista, eminentemente técnico, resulta de uma formação voltada à clínica dentária – cosmética e descontextualizada. Nesse cenário, surgem as Diretrizes Curriculares Nacionais, as quais trazem em seu bojo, dentre outras recomendações, a ampliação dos espaços de ensino‑aprendizagem com base em cenários reais de prática, possibilitando experiências concretas na realidade social. Objetivo: Identificar, nas oportunidades pedagógicas propostas pelo curso, aspectos capazes de influenciar transformações no processo de ensino‑aprendizagem em Odontologia. Métodos: Trata‑se de um estudo qualitativo, descritivo e com abordagem sociopoética para a produção e análise dos dados. Participaram do estudo graduandos em Odontologia inseridos em atividades pedagógicas extramurais. Quatro oficinas sociopoéticas foram realizadas e serviram de instrumento para o desenvolvimento de narrativas sobre as experiências de ensino‑aprendizagem. Resultados: Três linhas de pensamentos emergiram a partir da análise sociopoética dos dados: tempo para viver as experiências de ensino‑aprendizado; coexistência de novas e velhas abordagens pedagógicas e desafios decorrentes dos projetos de mudanças. Conclusão: A despeito dos desafios enfrentados, admite‑se a importância dos extramuros, curriculares ou não, no ensino odontológico. Tais vivências levam os alunos a compartilharem o espaço das práticas no Sistema Único de Saúde com outros atores; assim, ao transitarem pelo mundo do trabalho e do ensino, eles criam um modelo mental de seu processo de ensino‑aprendizagem, influenciado pelos referenciais teóricos, pelas oportunidades de vivências no campo das práticas e pelos interesses individuais. Esses elementos interferem e ampliam a percepção de si e do mundo, na medida em que percorrem o caminho da formação, construindo um trajeto singular.
ISSN:2318-4965
2357-8114