Estado e Forças Armadas no Brasil do século XXI: uma agenda (ainda) pendente
O propósito do presente trabalho é avaliar em que medida a reforma militar empreendida pelo governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) pode ser vista como parte de um esforço mais amplo de redesenho do aparelho de Estado (fim da “Era Vargas”) e busca de uma subordinação militar ainda pendente no...
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2014-06-01
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doaj-70caabe0dc2143dfa8076466fbb1da1c2020-11-25T00:21:36ZengIberoamericana / VervuertIberoamericana. América Latina - España - Portugal1577-33882255-520X2014-06-01519657910.18441/ibam.5.2005.19.65-79653Estado e Forças Armadas no Brasil do século XXI: uma agenda (ainda) pendenteLuís Alexandre FuccilleO propósito do presente trabalho é avaliar em que medida a reforma militar empreendida pelo governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) pode ser vista como parte de um esforço mais amplo de redesenho do aparelho de Estado (fim da “Era Vargas”) e busca de uma subordinação militar ainda pendente no processo de transição pósautoritarismo. Nossa hipótese inicial é que a inovação introduzida pela instituição do Ministério da Defesa não é desprezível, podendo representar profundas alterações tanto de ordem política como diplomáticas, administrativas, estratégicas e operacionais, que necessitam seriamente ser avaliadas. Buscar compreender como a democracia entra como uma variável interveniente no desenho da defesa nacional no quadro brasileiro pós-1985 via análise da criação do Ministério da Defesa é a tarefa que pretendemos levar a cabo neste artigo, sem perder de vista que o controle civil pleno dos militares é condição necessária, ainda que insuficiente, para a consolidação e aprofundamento do regime democrático brasileiro.http://journals.iai.spk-berlin.de/index.php/iberoamericana/article/view/977EstadoForças ArmadasTransição políticaBrasilSéculos XX-XXI |
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O propósito do presente trabalho é avaliar em que medida a reforma militar empreendida pelo governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) pode ser vista como parte de um esforço mais amplo de redesenho do aparelho de Estado (fim da “Era Vargas”) e busca de uma subordinação militar ainda pendente no processo de transição pósautoritarismo. Nossa hipótese inicial é que a inovação introduzida pela instituição do Ministério da Defesa não é desprezível, podendo representar profundas alterações tanto de ordem política como diplomáticas, administrativas, estratégicas e operacionais, que necessitam seriamente ser avaliadas. Buscar compreender como a democracia entra como uma variável interveniente no desenho da defesa nacional no quadro brasileiro pós-1985 via análise da criação do Ministério da Defesa é a tarefa que pretendemos levar a cabo neste artigo, sem perder de vista que o controle civil pleno dos militares é condição necessária, ainda que insuficiente, para a consolidação e aprofundamento do regime democrático brasileiro. |
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