Bem-Estar e Educação pela Arte
De 6 a 9 de Março de 2006, teve lugar em Lisboa a Conferência Mundial sobre Educação Artística, sob os auspícios da UNESCO. Aproveitando este evento e com o fim de lançar um importante contributo para a discussão das bases da educação artística em Portugal, seguiu-se-lhe a Conferência Nacional de Ed...
Main Author: | |
---|---|
Format: | Article |
Language: | Portuguese |
Published: |
Coimbra University Press
2010-12-01
|
Series: | Revista Portuguesa de Pedagogia |
Subjects: | |
Online Access: | https://impactum-journals.uc.pt/rppedagogia/article/view/1282 |
id |
doaj-71fa7773041e469bbb2b0039180b721b |
---|---|
record_format |
Article |
spelling |
doaj-71fa7773041e469bbb2b0039180b721b2020-11-25T03:25:10ZporCoimbra University PressRevista Portuguesa de Pedagogia0870-418X1647-86142010-12-0144-210.14195/1647-8614_44-2_2Bem-Estar e Educação pela ArteRui Penha PereiraDe 6 a 9 de Março de 2006, teve lugar em Lisboa a Conferência Mundial sobre Educação Artística, sob os auspícios da UNESCO. Aproveitando este evento e com o fim de lançar um importante contributo para a discussão das bases da educação artística em Portugal, seguiu-se-lhe a Conferência Nacional de Educação Artística que decorreu de 29 a 31 de Outubro de 2007, no Porto, numa promoção conjunta dos Ministérios da Educação e da Cultura. De alguns documentos destas conferências ressalta a ênfase dada à criatividade artística, como elemento justificador da educação pela arte. No entanto, argumento aqui que a criatividade talvez não seja o conceito merecedor da maior centralidade, mesmo na educação pela arte, contrapondo-lhe o conceito de bem-estar. Aponto também como desenvolvimento natural do bem-estar no processo educativo, o “desinteresse” tal como interpretado na filosofia de Emmanuel Levinas. Argumento ainda que a arte parece ter de facto particularidades que podem facilitar um ambiente ético permeado por este “desinteresse” Levinasiano, não obstante o facto de tal ser igualmente possível no ensino de qualquer outro tópico. Tal deve-se ao facto de pugnar aqui pela centralidade do “processo” na educação, apontando-se o “produto” como do interesse do mais simples e restrito processo instrutivo. Finalmente, como exemplo paradigmático de uma rede de instrução pela arte onde é possível contrastar os elementos acima debatidos, refiro-me às mais de setecentas Associações Filarmónicas portuguesas, espalhadas pelo continente e ilhas.https://impactum-journals.uc.pt/rppedagogia/article/view/1282Bem-EstarEducaçãoArte |
collection |
DOAJ |
language |
Portuguese |
format |
Article |
sources |
DOAJ |
author |
Rui Penha Pereira |
spellingShingle |
Rui Penha Pereira Bem-Estar e Educação pela Arte Revista Portuguesa de Pedagogia Bem-Estar Educação Arte |
author_facet |
Rui Penha Pereira |
author_sort |
Rui Penha Pereira |
title |
Bem-Estar e Educação pela Arte |
title_short |
Bem-Estar e Educação pela Arte |
title_full |
Bem-Estar e Educação pela Arte |
title_fullStr |
Bem-Estar e Educação pela Arte |
title_full_unstemmed |
Bem-Estar e Educação pela Arte |
title_sort |
bem-estar e educação pela arte |
publisher |
Coimbra University Press |
series |
Revista Portuguesa de Pedagogia |
issn |
0870-418X 1647-8614 |
publishDate |
2010-12-01 |
description |
De 6 a 9 de Março de 2006, teve lugar em Lisboa a Conferência Mundial sobre Educação Artística, sob os auspícios da UNESCO. Aproveitando este evento e com o fim de lançar um importante contributo para a discussão das bases da educação artística em Portugal, seguiu-se-lhe a Conferência Nacional de Educação Artística que decorreu de 29 a 31 de Outubro de 2007, no Porto, numa promoção conjunta dos Ministérios da Educação e da Cultura. De alguns documentos destas conferências ressalta a ênfase dada à criatividade artística, como elemento justificador da educação pela arte. No entanto, argumento aqui que a criatividade talvez não seja o conceito merecedor da maior centralidade, mesmo na educação pela arte, contrapondo-lhe o conceito de bem-estar. Aponto também como desenvolvimento natural do bem-estar no processo educativo, o “desinteresse” tal como interpretado na filosofia de Emmanuel Levinas. Argumento ainda que a arte parece ter de facto particularidades que podem facilitar um ambiente ético permeado por este “desinteresse” Levinasiano, não obstante o facto de tal ser igualmente possível no ensino de qualquer outro tópico. Tal deve-se ao facto de pugnar aqui pela centralidade do “processo” na educação, apontando-se o “produto” como do interesse do mais simples e restrito processo instrutivo. Finalmente, como exemplo paradigmático de uma rede de instrução pela arte onde é possível contrastar os elementos acima debatidos, refiro-me às mais de setecentas Associações Filarmónicas portuguesas, espalhadas pelo continente e ilhas. |
topic |
Bem-Estar Educação Arte |
url |
https://impactum-journals.uc.pt/rppedagogia/article/view/1282 |
work_keys_str_mv |
AT ruipenhapereira bemestareeducacaopelaarte |
_version_ |
1724598583304388608 |