Bioética: como proteger a dignidade humana da ciência e da tecnologia
Muitas pessoas temem que a ciência e a tecnologia estejam transgredindo domínios da vida de uma forma que mina a dignidade humana, e estas pessoas vêem isso como uma ameaça que precisa ser combatida vigorosamente. Eles estão certos. Existe uma crise real, e carece de nossa atenção agora, antes que d...
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Universidade Federal de Juiz de Fora
2009-06-01
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doaj-727032f882d14ad3ae6b684b246da09c2021-08-21T13:23:26ZporUniversidade Federal de Juiz de ForaLumina1516-07851981-40702009-06-013110.34019/1981-4070.2009.v3.21049Bioética: como proteger a dignidade humana da ciência e da tecnologiaDaniel C. DennetMuitas pessoas temem que a ciência e a tecnologia estejam transgredindo domínios da vida de uma forma que mina a dignidade humana, e estas pessoas vêem isso como uma ameaça que precisa ser combatida vigorosamente. Eles estão certos. Existe uma crise real, e carece de nossa atenção agora, antes que danos irreparáveis sejam feitos ao frágil ambiente de crenças e ações mutuamente compartilhadas sobre o qual uma concepção preciosa da dignidade humana de fato depende para sua existência. Vou tentar demonstrar que o problema é real e que as respostas mais favorecidas ao problema estão profundamente enganadas e fadadas a falhar. Existe uma solução que tem uma boa chance de sucesso, no entanto, e que emprega princípios que já entendemos e aceitamos em momentos não tão graves. A solução é natural, razoável e robusta ao invés de frágil, e não requer colocar o gênio da ciência dentro da garrafa novamente, visto que isto seria praticamente impossível. A ciência e a tecnologia podem florescer sem fim enquanto obedecendo princípios restritos que são poderosos o suficiente para assegurar até o endosso não qualificado dos investigadores mais descuidados. Podemos ter dignidade e ciência também, mas somente se encararmos o conflito com mentes abertas e um senso de causa comum.https://periodicos.ufjf.br/index.php/lumina/article/view/21049bioética |
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e carece de nossa atenção agora, antes que danos irreparáveis sejam feitos ao frágil
ambiente de crenças e ações mutuamente compartilhadas sobre o qual uma concepção
preciosa da dignidade humana de fato depende para sua existência. Vou tentar demonstrar
que o problema é real e que as respostas mais favorecidas ao problema estão
profundamente enganadas e fadadas a falhar. Existe uma solução que tem uma boa chance
de sucesso, no entanto, e que emprega princípios que já entendemos e aceitamos em
momentos não tão graves. A solução é natural, razoável e robusta ao invés de frágil, e não
requer colocar o gênio da ciência dentro da garrafa novamente, visto que isto seria
praticamente impossível. A ciência e a tecnologia podem florescer sem fim enquanto
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