O primeiro centenário da infraestrutura ferroviária no Norte de Minas Gerais: processo de implantação, auge, crise e concessão

Na política de expansão da infraestrutura ferroviária brasileira, a região norte-mineira foi incluída em dois grandes projetos de integração nacional, por meio do sistema ferroviário. O primeiro, ligar a capital federal, Rio de Janeiro, a Belém no Estado do Pará, passando pelo Rio São Francisco. O s...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Luiz Andrei Gonçalves Pereira, Simone Narciso Lessa
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Universidade Estadual de Montes Claros 2012-12-01
Series:Revista Cerrados
Subjects:
Online Access:https://www.periodicos.unimontes.br/index.php/cerrados/article/view/3015
Description
Summary:Na política de expansão da infraestrutura ferroviária brasileira, a região norte-mineira foi incluída em dois grandes projetos de integração nacional, por meio do sistema ferroviário. O primeiro, ligar a capital federal, Rio de Janeiro, a Belém no Estado do Pará, passando pelo Rio São Francisco. O segundo, interligar a cidade do Rio de Janeiro a Salvador, cortando Montes Claros, no estado de Minas Gerais. Objetivo deste trabalho é analisar o processo de expansão da infraestrutura ferroviária na região norte de Minas Gerais no período de 1908 a 2009, considerando os aspectos históricos, que seguem o período de surgimento, de auge, de crise e de concessão do sistema ferroviário. O estudo foi desenvolvido por meio de pesquisa bibliográfica, pesquisa documental e coleta de dados de fontes secundárias junto às instituições governamentais. As ações das empresas públicas ferroviárias, dentre elas, a Estrada de Ferro Central do Brasil e a Viação Férrea Federal Leste Brasileiro, tiveram um papel importante no desenvolvimento da malha ferroviária, principalmente no norte de Minas Gerais. A chegada dos trilhos resultou na ampliação dos núcleos urbanos existentes, no surgimento de novos núcleos e na expansão das atividades econômicas regionais, incluindo produção, comércio e circulação. Na década, pós 1960, a malha ferroviária norte-mineira teve uma reestruturação das vias permanentes e do material rondante, buscando melhorar nas condições de tráfego e atender a política de modernização econômica nacional e regional. Os baixos investimentos no sistema ferroviário levaram essa infraestrutura ao sucateamento, resultando nas concessões. Em 1996, a malha ferroviária “norte-mineira” foi repassada à concessionária Ferrovia Centro-Atlântica, que dedicou-se, exclusivamente, ao transporte de cargas.
ISSN:1678-8346
2448-2692