De “Parangolé”, de Ana Martins Marques, a “Vestido com Vista pro Mar”: a vocoperformance de Juliana Perdigão
Visando contribuir para as pesquisas sobre os suportes da poesia, este artigo dedica-se, em particular, ao estudo da vocoperformance, da voz em performance, a performance vocal. Para isso, toma-se como base o poema “Parangolé”, de Ana Martins Marques (2011), musicalizado por Juliana Perdigão (2016)...
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Universidade Federal de Santa Catarina
2020-10-01
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doaj-779f8921d57f4c639618e8fdc235a76a2020-11-25T03:05:19ZporUniversidade Federal de Santa CatarinaAnuário de Literatura1414-52352175-79172020-10-0125210.5007/2175-7917.2020v25n2p13935234De “Parangolé”, de Ana Martins Marques, a “Vestido com Vista pro Mar”: a vocoperformance de Juliana PerdigãoNatália Barcelos Natalino0Universidade do Estado do Rio de JaneiroVisando contribuir para as pesquisas sobre os suportes da poesia, este artigo dedica-se, em particular, ao estudo da vocoperformance, da voz em performance, a performance vocal. Para isso, toma-se como base o poema “Parangolé”, de Ana Martins Marques (2011), musicalizado por Juliana Perdigão (2016) – com participação de Tulipa Ruiz – no disco Ó. Partindo de um fragmento de Marina Tsvetáeva (2017) em “O poeta e a crítica”, recorreremos, num primeiro momento, a Jean-Jacques Rousseau (1999) em seu Ensaio sobre a origem das línguas, procurando entender que espécie de voz é esta (aquela) que sussurrou aos ouvidos de Tsvetáeva (2017), dando-lhe ora indicações, ora ordens – “quando indica, discuto; quando ordena, obedeço” (TSVETÁEVA, 2017, p. 45). Em busca deste entendimento, desta voz que persegue, uma voz “da ordem da percepção poética e não da dedução” (ZUMTHOR, 2014, p. 15), seguimos com Friedrich Nietzsche (2001) em A gaia ciência, mais especificamente no aforismo “Da origem da poesia”; e Arnaldo Antunes (2014), em seu texto “Sobre a origem da poesia”. Como suporte teórico para o aprofundamento das questões, especialmente no campo dos estudos de canção, performance e poesia cantada, recorreremos a pesquisadores como Adriana Cavarero (2011), Enzo Minarelli (2010), Lia Tomás (2002), Luiz Tatit (1996; 2014; 2016), Paul Zumthor (2014) e Renato Cohen (2002). https://periodicos.ufsc.br/index.php/literatura/article/view/74419Ana Martins MarquesJuliana PerdigãoPoesiaVocoperformancePalavra cantada |
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Visando contribuir para as pesquisas sobre os suportes da poesia, este artigo dedica-se, em particular, ao estudo da vocoperformance, da voz em performance, a performance vocal. Para isso, toma-se como base o poema “Parangolé”, de Ana Martins Marques (2011), musicalizado por Juliana Perdigão (2016) – com participação de Tulipa Ruiz – no disco Ó. Partindo de um fragmento de Marina Tsvetáeva (2017) em “O poeta e a crítica”, recorreremos, num primeiro momento, a Jean-Jacques Rousseau (1999) em seu Ensaio sobre a origem das línguas, procurando entender que espécie de voz é esta (aquela) que sussurrou aos ouvidos de Tsvetáeva (2017), dando-lhe ora indicações, ora ordens – “quando indica, discuto; quando ordena, obedeço” (TSVETÁEVA, 2017, p. 45). Em busca deste entendimento, desta voz que persegue, uma voz “da ordem da percepção poética e não da dedução” (ZUMTHOR, 2014, p. 15), seguimos com Friedrich Nietzsche (2001) em A gaia ciência, mais especificamente no aforismo “Da origem da poesia”; e Arnaldo Antunes (2014), em seu texto “Sobre a origem da poesia”. Como suporte teórico para o aprofundamento das questões, especialmente no campo dos estudos de canção, performance e poesia cantada, recorreremos a pesquisadores como Adriana Cavarero (2011), Enzo Minarelli (2010), Lia Tomás (2002), Luiz Tatit (1996; 2014; 2016), Paul Zumthor (2014) e Renato Cohen (2002).
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