Transmissão Mãe-Filho da Infeção pelo Vírus da Imunodefi ciência Humana do tipo1
Introdução: A infeção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana do tipo 1 (VIH1) na criança ocorre quase exclusivamente por transmissão mãe-fi lho (TMF). Sem profilaxia ocorrem taxas de transmissão de 15-25%, diminuindo para <2% quando são adotadas medidas adequadas. Objetivo: Avaliar a TMF da infeç...
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Centro Hospitalar do Porto
2016-02-01
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doaj-77bf25bf04764d0cb604a44e9bb6ba082020-11-24T21:03:05ZengCentro Hospitalar do PortoNascer e Crescer 0872-07540872-07542016-02-0123266715988Transmissão Mãe-Filho da Infeção pelo Vírus da Imunodefi ciência Humana do tipo1Alexandre Fernandes0Brígida Amaral1Maria João Carinhas2Olga Vasconcelos3Ana Horta4Ana Margarida Alexandrino5Laura Marques6Unidade Infeciologia Pediátrica e Imunodeficiências, Serviço de Pediatria, Centro Hospitalar do PortoUnidade Infeciologia Pediátrica e Imunodeficiências, Serviço de Pediatria, Centro Hospitalar do PortoServiço de Obstetrícia, Departamento da Mulher, Centro Hospitalar do PortoServiço de Infeciologia, Hospital Joaquim Urbano, Centro Hospitalar do PortoServiço de Infeciologia, Hospital Joaquim Urbano, Centro Hospitalar do PortoUnidade de Neonatologia, Serviço de Cuidados Intensivos Pediátricos e Neonatais, Centro Hospitalar do PortoUnidade de Neonatologia, Serviço de Cuidados Intensivos Pediátricos e Neonatais, Centro Hospitalar do PortoIntrodução: A infeção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana do tipo 1 (VIH1) na criança ocorre quase exclusivamente por transmissão mãe-fi lho (TMF). Sem profilaxia ocorrem taxas de transmissão de 15-25%, diminuindo para <2% quando são adotadas medidas adequadas. Objetivo: Avaliar a TMF da infeção VIH numa maternidade. Material e Métodos: Estudo retrospetivo, com consulta do processo clínico, de crianças de mães com infeção VIH1, nascidas na Maternidade Júlio Dinis de Janeiro de 2006 a Dezembro de 2011. Definida não infeção se 2 testes virológicos negativos (um após os 4 meses) e ausência de clínica. Análise estatística –programa Epi-Info® v.3.5.1 (Teste Fisher, p <0,05). Resultados: Nasceram 77 crianças com risco de transmissão VIH1, 45 do sexo masculino (58.4%) e 15 (19.5%) prematuros. Diagnóstico de infeção materna ocorreu na gestação em 24 (31.6%) e no parto numa (1.3%). Sete (9.2%) não efetuaram terapêutica anti retrovírica (TARV) na gravidez e 9 (12.3%) apresentavam carga vírica >1.000 cópias no parto. Nasceram por parto eutócico 4 (5.2%) e 10 (13%) tiveram rotura membranas(RM) #4h. Nenhum efetuou leite materno e todos fizeram profilaxia no período neonatal; 17 (22.1%) efetuaram profilaxia com 3 fármacos, associado a ausência de TARV na gravidez e parto, carga vírica materna >1.000 cópias, RM#4h, RM espontânea e prematuridade. Um recém-nascido (1.3%) faleceu. Nenhuma criança foi infetada. Cerca de um terço (35.5%) apresentou alterações hematológicas e 23 (30.3%) na função hepática, ambas reversíveis. Conclusão: Na população estudada não ocorreu TMF da infeção VIH1, apesar de apresentar fatores que aumentam o risco de transmissão numa elevada percentagem de casos.http://revistas.rcaap.pt/nascercrescer/article/view/8599Antirretrovíricoinfeção VIHprevençãotransmissão mãe-filho |
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Introdução: A infeção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana do tipo 1 (VIH1) na criança ocorre quase exclusivamente por transmissão mãe-fi lho (TMF). Sem profilaxia ocorrem taxas de transmissão de 15-25%, diminuindo para <2% quando são adotadas medidas adequadas.
Objetivo: Avaliar a TMF da infeção VIH numa maternidade.
Material e Métodos: Estudo retrospetivo, com consulta do processo clínico, de crianças de mães com infeção VIH1, nascidas na Maternidade Júlio Dinis de Janeiro de 2006 a Dezembro de 2011. Definida não infeção se 2 testes virológicos negativos (um após os 4 meses) e ausência de clínica. Análise estatística –programa Epi-Info® v.3.5.1 (Teste Fisher, p <0,05).
Resultados: Nasceram 77 crianças com risco de transmissão VIH1, 45 do sexo masculino (58.4%) e 15 (19.5%) prematuros. Diagnóstico de infeção materna ocorreu na gestação em 24 (31.6%) e no parto numa (1.3%). Sete (9.2%) não efetuaram terapêutica anti retrovírica (TARV) na gravidez e 9 (12.3%) apresentavam carga vírica >1.000 cópias no parto. Nasceram por parto eutócico 4 (5.2%) e 10 (13%) tiveram rotura membranas(RM) #4h. Nenhum efetuou leite materno e todos fizeram profilaxia no período neonatal; 17 (22.1%) efetuaram profilaxia com 3 fármacos, associado a ausência de TARV na gravidez e parto, carga vírica materna >1.000 cópias, RM#4h, RM espontânea e prematuridade. Um recém-nascido (1.3%) faleceu. Nenhuma criança foi infetada. Cerca de um terço (35.5%) apresentou alterações hematológicas e 23 (30.3%) na função hepática, ambas reversíveis.
Conclusão: Na população estudada não ocorreu TMF da infeção VIH1, apesar de apresentar fatores que aumentam o risco de transmissão numa elevada percentagem de casos. |
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