Comida, diversão e liberdade. Os tanguás de Campinas no final da escravidão.

Dispersos após a demolição do Mercado de Hortaliças de Campinas em 1885, muitos de seus comerciantes retomaram as atividades vendendo verduras, legumes e quitandas em estabelecimentos que ficaram conhecidos como tanguás. Situados no centro da cidade, os tanguás assumiram funções variadas, preocupan...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Valter Martins
Format: Article
Language:Spanish
Published: Universidade Estadual de Campinas 2013-04-01
Series:Urbana: Revista Eletrônica do Centro Interdisciplinar de Estudos da Cidade
Subjects:
Online Access:https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/urbana/article/view/8635233
Description
Summary:Dispersos após a demolição do Mercado de Hortaliças de Campinas em 1885, muitos de seus comerciantes retomaram as atividades vendendo verduras, legumes e quitandas em estabelecimentos que ficaram conhecidos como tanguás. Situados no centro da cidade, os tanguás assumiram funções variadas, preocupando autoridades municipais, policiais, sanitárias e vigilantes da moral e dos bons costumes. Quase sempre camuflados por um beco ou cortiço, freqüentados por escravos, livres e libertos, nos democráticos tanguás havia comida, bebida, diversão e se respirava um ar de liberdade, constituindo um espaço de intensa vida social e trocas culturais das classes populares. Este artigo apresenta aspectos da ordem escravista urbana, representada pelos tanguás de Campinas no final da escravidão.
ISSN:1982-0569