| Summary: | Este artigo tem como objetivo investigar a variação na concordância nominal de número no falar dos moradores de Florianópolis (SC), especificamente da comunidade da Costa da Lagoa e da Região Central (Trindade e Coqueiros). Para realização desta pesquisa foram controlados de forma sistemática os seguintes grupos de fatores: extralinguísticos – a idade, o sexo, a escolaridade e a diazonalidade – e linguísticos – a saliência fônica, a posição, a classe gramatical e o contexto seguinte. Foi analisada a fala de dezesseis informantes, oito da Costa da Lagoa e oito da Região Central. A partir dos sintagmas nominais coletados das entrevistas foram analisados 1.357 dados no programa Goldvarb 2001. Desses dados, o resultado geral da análise evidenciou 1.029 da variante ‘presença de marcas formais de plural’, correspondendo a 75% dos dados, e 328 da variante ‘ausência de marcas formais de plural’, correspondendo 24% dos dados. Quanto aos resultados referentes às variáveis independentes, mostraram condicionar o uso da variante ‘presença de marcas formais de plural’ as seguintes, por ordem de seleção estatística: classe gramatical, escolaridade, idade, saliência fônica, diazonalidade e posição. Esperamos com esta pesquisa ter mostrado como é realizada a concordância nominal de número na fala dos florianopolitanos entrevistados, assim como ter evidenciado a partir da análise das variáveis independentes quais delas (linguísticas e extralinguísticas) condicionam o uso da variante ‘presença de marcas formais de plural’.
|
|---|
