Emancipação intelectual e democracia: para uma filosofia crítica da educação a partir de Jacques Rancière e Paulo Freire
Trata-se de propor, através da leitura conjunta de Jacques Rancière e Paulo Freire, uma filosofia da educação capaz de nos orientar em uma crítica da atual sociedade neoliberal. Tendo tal objetivo em vista, primeiramente exponho como a igualdade pode aparecer enquanto princípio a orientar nossas prá...
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Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
2017-12-01
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doaj-7acac1d50d484b5d8c85654e8931d0022020-11-25T01:32:45ZporUniversidade Federal do Recôncavo da BahiaGriot: Revista de Filosofia2178-10362178-10362017-12-0116227028410.31977/grirfi.v16i2.766766Emancipação intelectual e democracia: para uma filosofia crítica da educação a partir de Jacques Rancière e Paulo FreireFernando Gimbo0Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR)/ Universidade Federal do Cariri (UFCATrata-se de propor, através da leitura conjunta de Jacques Rancière e Paulo Freire, uma filosofia da educação capaz de nos orientar em uma crítica da atual sociedade neoliberal. Tendo tal objetivo em vista, primeiramente exponho como a igualdade pode aparecer enquanto princípio a orientar nossas práticas educacionais. Com a afirmação da potência própria à inteligência é toda uma compreensão antropológica do homem que se desenha, compreensão essa que afirma o ser humano enquanto um ente que tem no aprendizado uma forma privilegiada de se relacionar e existir no mundo. Em um segundo momento, argumento que tal princípio da igualdade encontra uma complementariedade importante com a dialética entre opressores e oprimidos desenvolvida por Paulo Freire, explicitando o caráter político do princípio de igualdade de inteligências e sua necessária mediação social dentro de uma história marcada pelas relações de desigualdade. A partir disso, podemos propor uma ideia de educação não pautada na estratégia do investimento em capital humano e no decorrente crescimento econômico – pressuposto tão caro à racionalidade do capitalismo contemporâneo - mas sim na normatividade própria de uma antropologia e de uma filosofia da história democráticas e emancipadoras.https://www3.ufrb.edu.br/seer/index.php/griot/article/view/766Educação; Crítica; Emancipação; Neoliberalismo; Democracia |
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Trata-se de propor, através da leitura conjunta de Jacques Rancière e Paulo Freire, uma filosofia da educação capaz de nos orientar em uma crítica da atual sociedade neoliberal. Tendo tal objetivo em vista, primeiramente exponho como a igualdade pode aparecer enquanto princípio a orientar nossas práticas educacionais. Com a afirmação da potência própria à inteligência é toda uma compreensão antropológica do homem que se desenha, compreensão essa que afirma o ser humano enquanto um ente que tem no aprendizado uma forma privilegiada de se relacionar e existir no mundo. Em um segundo momento, argumento que tal princípio da igualdade encontra uma complementariedade importante com a dialética entre opressores e oprimidos desenvolvida por Paulo Freire, explicitando o caráter político do princípio de igualdade de inteligências e sua necessária mediação social dentro de uma história marcada pelas relações de desigualdade. A partir disso, podemos propor uma ideia de educação não pautada na estratégia do investimento em capital humano e no decorrente crescimento econômico – pressuposto tão caro à racionalidade do capitalismo contemporâneo - mas sim na normatividade própria de uma antropologia e de uma filosofia da história democráticas e emancipadoras. |
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