A função da confidencialidade: bioética e incesto

O presente estudo pretende construir uma reflexão sobre a função da confidencialidade para os profissionais de saúde que lidam com pessoas envolvidas em casos de incesto, na tentativa de avaliar os limites éticos destas intervenções. A metodologia utilizada constituiu-se por uma reflexão teórica ba...

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Bibliographic Details
Main Author: Gisele G. Gobetti
Format: Article
Language:English
Published: Universidade de Sao Paulo 2006-11-01
Series:Saúde, Ética & Justiça
Subjects:
Online Access:https://www.revistas.usp.br/sej/article/view/43975
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spelling doaj-7b9ffb0d7e3141d4b799237025cdb7bd2021-02-04T04:28:48ZengUniversidade de Sao PauloSaúde, Ética & Justiça2317-27702006-11-01111-2A função da confidencialidade: bioética e incestoGisele G. Gobetti0Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo FM/USP. O presente estudo pretende construir uma reflexão sobre a função da confidencialidade para os profissionais de saúde que lidam com pessoas envolvidas em casos de incesto, na tentativa de avaliar os limites éticos destas intervenções. A metodologia utilizada constituiu-se por uma reflexão teórica baseada na experiência de trabalho da autora no CEARAS, referendada pela Bioética e pela Psicanálise e ilustrada por uma pesquisa realizada com os profissionais de saúde, incluindo os médicos, enfermeiras, técnicas e auxiliares de enfermagem e assistentes sociais do Pronto-Atendimento Pediátrico do Hospital Universitário da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Entrevistas livres de exploração sobre a possibilidade de atendimento a crianças e adolescentes com suspeitas de abuso sexual e o modo de lidar com estas questões foram realizadas com os profissionais. As entrevistas foram gravadas e transcritas para serem analisadas através do método de análise de conteúdo. O atendimento de pacientes envolvidos em situações de abuso sexual é considerado pelos profissionais de saúde como um problema de difícil abordagem. A ausência do conflito entre a quebra do segredo profissional e a manutenção do vínculo de confiança entre profissional de Saúde e paciente em situações de incesto demonstra a dificuldade de os profissionais lidarem com tais casos e discriminarem a função de um profissional de saúde, pelo incesto se tratar justamente do tabu estruturante do ser humano. https://www.revistas.usp.br/sej/article/view/43975Bioética. Incesto. Relações profissional-paciente. Comunicação sigilosa. Ética profissional.
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