Infeção Genital por Chlamydia Trachomatis nos Adolescentes Portugueses
Os adolescentes (entre os 10 e os 19 anos) são um grupo etário com elevada prevalência de infeções sexualmente transmissíveis (IST), devido aos seus fatores biológicos e socio-comportamentais. Em Portugal, os adolescentes revelam fraca adesão ao preservativo, têm múltiplos parceiros sexuais, defici...
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Sociedade Portuguesa de Dermatologia e Venereologia
2020-09-01
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doaj-7d865df7fb6049dd9028d899048fbdc02020-11-25T03:01:50ZengSociedade Portuguesa de Dermatologia e VenereologiaRevista da Sociedade Portuguesa de Dermatologia e Venereologia2182-23952182-24092020-09-0178310.29021/spdv.78.3.1226Infeção Genital por Chlamydia Trachomatis nos Adolescentes PortuguesesFrancisco Vaz Pereira0João Borges da Costa1Aluno de 6º ano, Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, Lisboa, Portugal.Assistente Hospitalar Graduado de Dermatologia e Venereologia/Consultant of Dermatology and Venereology, Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte, Lisboa, Portugal; Professor Auxiliar Convidado de Dermatologia e Venereologia/Professor of Dermatology and Venereology, Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, Lisboa, Portugal; Instituto de Higiene e Medicina Tropical, Lisboa, Portugal Os adolescentes (entre os 10 e os 19 anos) são um grupo etário com elevada prevalência de infeções sexualmente transmissíveis (IST), devido aos seus fatores biológicos e socio-comportamentais. Em Portugal, os adolescentes revelam fraca adesão ao preservativo, têm múltiplos parceiros sexuais, deficiente educação sexual e altas taxas de reinfeção. Nesta faixa etária, a infeção genital por Chlamydia trachomatis é a IST mais prevalente, cujo curso assintomático dificulta o diagnóstico e controlo epidemiológico. Pretendeu-se rever os dados publicados de prevalência da infeção genital por Chlamydia trachomatis no grupo dos adolescentes portugueses. Nos estudos populacionais encontrados em Portugal, bastante heterogéneos entre si, verificou-se uma prevalência entre 2,23% e 18,2%. As taxas de notificação portuguesas são inferiores às dos restantes países europeus e os dados oficiais nacionais não discriminam a faixa etária dos adolescentes. Entre os 15-24 anos, foram notificados 41 casos em 2015 e 56 casos em 2016. Segundo o relatório do European Centre for Disease Control, foram notificados 116 e 167 casos na mesma faixa etária, em Portugal, em 2017 e 2018, respetivamente. A compreensão da epidemiologia da infeção genital por CT nos adolescentes portugueses é impossibilitada devido ao subdiagnóstico, à subnotificação e ao não isolamento dos adolescentes nos grupos de estudo. É assim necessário um esforço conjunto a nível clínico e político para que seja possível delinear uma estratégia eficaz no combate a esta infeção nos adolescentes. https://revista.spdv.com.pt/index.php/spdv/article/view/1226Chlamydia trachomatisAdolescentesPortugalInfecções por Chlamydia |
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Os adolescentes (entre os 10 e os 19 anos) são um grupo etário com elevada prevalência de infeções sexualmente transmissíveis (IST), devido aos seus fatores biológicos e socio-comportamentais. Em Portugal, os adolescentes revelam fraca adesão ao preservativo, têm múltiplos parceiros sexuais, deficiente educação sexual e altas taxas de reinfeção. Nesta faixa etária, a infeção genital por Chlamydia trachomatis é a IST mais prevalente, cujo curso assintomático dificulta o diagnóstico e controlo epidemiológico. Pretendeu-se rever os dados publicados de prevalência da infeção genital por Chlamydia trachomatis no grupo dos adolescentes portugueses. Nos estudos populacionais encontrados em Portugal, bastante heterogéneos entre si, verificou-se uma prevalência entre 2,23% e 18,2%. As taxas de notificação portuguesas são inferiores às dos restantes países europeus e os dados oficiais nacionais não discriminam a faixa etária dos adolescentes. Entre os 15-24 anos, foram notificados 41 casos em 2015 e 56 casos em 2016. Segundo o relatório do European Centre for Disease Control, foram notificados 116 e 167 casos na mesma faixa etária, em Portugal, em 2017 e 2018, respetivamente. A compreensão da epidemiologia da infeção genital por CT nos adolescentes portugueses é impossibilitada devido ao subdiagnóstico, à subnotificação e ao não isolamento dos adolescentes nos grupos de estudo. É assim necessário um esforço conjunto a nível clínico e político para que seja possível delinear uma estratégia eficaz no combate a esta infeção nos adolescentes.
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