Distribuição Espaço-Temporal dos Focos de Calor no Estado de Minas Gerais
O monitoramento de focos de calor por satélites pode ser um importante subsídio para a definição de estratégias de combate e prevenção de incêndios, bem como para a avaliação de danos ecológicos, econômicos e sociais. Como no Brasil, o conhecimento sobre a evolução espacial e temporal dos focos de...
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Universidade Federal do Rio de Janeiro
2019-05-01
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Series: | Anuário do Instituto de Geociências |
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doaj-81364341b4404eb7a1e2545234e790802020-11-25T03:10:23ZengUniversidade Federal do Rio de JaneiroAnuário do Instituto de Geociências1982-39080101-97592019-05-014236484http://dx.doi.org/10.11137/2019_3_64_84Distribuição Espaço-Temporal dos Focos de Calor no Estado de Minas GeraisBrenda Almeida Santos0Melissa Dias da Silva Oliveira1Paola do Nascimento Silva2José Guilherme Martins dos Santos3Enrique Vieira Mattos4Michelle Simões Reboita5Universidade Federal de ItajubáUniversidade Federal de ItajubáUniversidade Federal de ItajubáInstituto Nacional de Pesquisas EspaciaisUniversidade Federal de ItajubáUniversidade Federal de ItajubáO monitoramento de focos de calor por satélites pode ser um importante subsídio para a definição de estratégias de combate e prevenção de incêndios, bem como para a avaliação de danos ecológicos, econômicos e sociais. Como no Brasil, o conhecimento sobre a evolução espacial e temporal dos focos de calor ainda é limitado, esse estudo tem como objetivo descrever a distribuição espacial e temporal de focos de calor e avaliar as cidades com as maiores ocorrências desses focos (definido como cidades hotspots) no Estado de Minas Gerais (MG). Além disso, é analisado a correlação dos focos de calor com a precipitação. Foram utilizados 15 (2003-2017) anos de dados de focos de calor estimados por meio de dados do satélite de órbita polar Earth Observation System – AQUA. No Estado de MG, a média anual de focos de calor é de aproximadamente de 11.421 detecções, sendo esses eventos mais frequentes entre os meses de julho a outubro, isto é, entre a estação seca e início da chuvosa, com máximo mensal em setembro (3.700 focos). Em termos espaciais, a maior concentração de focos de calor ocorre nos setores norte e noroeste do Estado. Por outro lado, a maioria das cidades hotspots (locais com as maiores ocorrências de focos de calor) localizam-se no noroeste do Estado, com a cidade de Paracatu sendo a de maior frequência desses eventos, com 3.376 focos durante o período de estudo, isto é, cerca de 50 % a mais de focos em relação à cidade que ficou em décimo lugar. As análises de correlação interanual e mensal mostraram que os focos de calor apresentam correlação negativa com a precipitação, isto é, anos mais secos possuem maior frequência de focos de calor. O maior coeficiente de correlação de Pearson (-0,52) foi obtido para uma defasagem temporal mensal de 2 meses, isto é, embora o inverno seja a estação do ano mais seca, os máximos de focos de calor ocorrem entre setembro e outubro. Portanto, a persistência de um solo seco por cerca de 60 dias antes fornece condições em parte favoráveis para a ocorrência de queimadas, seja de forma natural ou antrópica.http://www.anuario.igeo.ufrj.br/2019_3/2019_03_64_84.pdfminas geraisfocos de calorsatélite aqua |
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O monitoramento de focos de calor por satélites pode ser um importante subsídio para a definição de estratégias
de combate e prevenção de incêndios, bem como para a avaliação de danos ecológicos, econômicos e sociais. Como no
Brasil, o conhecimento sobre a evolução espacial e temporal dos focos de calor ainda é limitado, esse estudo tem como
objetivo descrever a distribuição espacial e temporal de focos de calor e avaliar as cidades com as maiores ocorrências
desses focos (definido como cidades hotspots) no Estado de Minas Gerais (MG). Além disso, é analisado a correlação
dos focos de calor com a precipitação. Foram utilizados 15 (2003-2017) anos de dados de focos de calor estimados por
meio de dados do satélite de órbita polar Earth Observation System – AQUA. No Estado de MG, a média anual de focos
de calor é de aproximadamente de 11.421 detecções, sendo esses eventos mais frequentes entre os meses de julho a
outubro, isto é, entre a estação seca e início da chuvosa, com máximo mensal em setembro (3.700 focos). Em termos
espaciais, a maior concentração de focos de calor ocorre nos setores norte e noroeste do Estado. Por outro lado, a maioria
das cidades hotspots (locais com as maiores ocorrências de focos de calor) localizam-se no noroeste do Estado, com a cidade de Paracatu sendo a de maior frequência desses eventos, com 3.376 focos durante o período de estudo, isto é, cerca
de 50 % a mais de focos em relação à cidade que ficou em décimo lugar. As análises de correlação interanual e mensal
mostraram que os focos de calor apresentam correlação negativa com a precipitação, isto é, anos mais secos possuem
maior frequência de focos de calor. O maior coeficiente de correlação de Pearson (-0,52) foi obtido para uma defasagem
temporal mensal de 2 meses, isto é, embora o inverno seja a estação do ano mais seca, os máximos de focos de calor
ocorrem entre setembro e outubro. Portanto, a persistência de um solo seco por cerca de 60 dias antes fornece condições
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