Sobre crianças, sexopolítica e escrita de si
O presente artigo é uma reflexão sobre a invenção da infância como um artefato biopolítico, como pensa Paul Beatriz Preciado, e esforços contemporâneos de romper com o primado do controle exercido sobre nós por intermédio do dispositivo de sexualidade. A partir do uso de fragmentos de textos literár...
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2019-10-01
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doaj-818deb01745e4d6ab04d3c16342939fa2020-11-25T01:25:44ZporUniversidade Federal do Rio Grande do SulRevista Polis e Psique2238-152X2238-152X2019-10-01https://doi.org/10.22456/2238-152X.61381Sobre crianças, sexopolítica e escrita de siMarcelo Santana FerreiraO presente artigo é uma reflexão sobre a invenção da infância como um artefato biopolítico, como pensa Paul Beatriz Preciado, e esforços contemporâneos de romper com o primado do controle exercido sobre nós por intermédio do dispositivo de sexualidade. A partir do uso de fragmentos de textos literários de Caio Fernando Abreu e Márcio El-Jaick, escritores brasileiros contemporâneos, busca-se compreender algumas operações institucionais que exigem coerência e unidade na experiência infantil, principalmente no tocante ao tema da sexualidade. Nos textos de Abreu e El-Jaick em análise, encontramos uma abordagem renovada e crítica da experiência de si na infância, rompendo com a idealização da infância e a patologização compulsória de afetos minoritários. Por intermédio do artigo, estabelece-se um diálogo com o pensamento de Walter Benjamin e Michel Foucault na tentativa de defender que outros modos de ser criança tornam a arena política em que nos encontramos mais densa e aberta para novos regimes de si.https://seer.ufrgs.br/PolisePsique/article/view/61381escrita de siinfâncialiteratura |
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O presente artigo é uma reflexão sobre a invenção da infância como um artefato biopolítico, como pensa Paul Beatriz Preciado, e esforços contemporâneos de romper com o primado do controle exercido sobre nós por intermédio do dispositivo de sexualidade. A partir do uso de fragmentos de textos literários de Caio Fernando Abreu e Márcio El-Jaick, escritores brasileiros contemporâneos, busca-se compreender algumas operações institucionais que exigem coerência e unidade na experiência infantil, principalmente no tocante ao tema da sexualidade. Nos textos de Abreu e El-Jaick em análise, encontramos uma abordagem renovada e crítica da experiência de si na infância, rompendo com a idealização da infância e a patologização compulsória de afetos minoritários. Por intermédio do artigo, estabelece-se um diálogo com o pensamento de Walter Benjamin e Michel Foucault na tentativa de defender que outros modos de ser criança tornam a arena política em que nos encontramos mais densa e aberta para novos regimes de si. |
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