Crianças atendidas por problemas de aprendizagem em psicoterapia psicanalítica

A clínica psicoterápica precisa voltar o seu olhar para as demandas atuais, e atualizar a sua prática com estudos empíricos. O objetivo desta pesquisa consiste em verificar as características sóciodemográficas e clínicas de crianças atendidas em psicoterapia psicanalítica por problemas de aprendizag...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Camila Pereira Alves, Cassio Andrade Machado, Marina Bento Gastaud, Maria Lucia Tiellet Nunes
Format: Article
Language:English
Published: Universidad del Rosario 2013-06-01
Series:Avances en Psicología Latinoamericana
Subjects:
Online Access:http://revistas.urosario.edu.co/index.php/apl/article/view/1757/pdf
Description
Summary:A clínica psicoterápica precisa voltar o seu olhar para as demandas atuais, e atualizar a sua prática com estudos empíricos. O objetivo desta pesquisa consiste em verificar as características sóciodemográficas e clínicas de crianças atendidas em psicoterapia psicanalítica por problemas de aprendizagem. Foi realizado um estudo documental retrospectivo com prontuários de 2106 crianças atendidas entre 1979 e 2007 em dois ambulatórios de atendimento psicológico da cidade de Porto Alegre, sul do Brasil, e os resultados encontrados revelam que a demanda por problemas de aprendizagem constituem o quarto maior motivo de atendimento psicoterapêutico. Não houve diferença estatisticamente significativa quanto ao sexo dos pacientes. Crianças com problemas de aprendizagem chegam à psicoterapia com maior freqüência nas etapas iniciais do ensino fundamental, emtorno dos 7 anos de idade, sendo que a maior procura por psicoterapia por parte dessa demanda dá-se no mês de maio. Talvez, dificuldades de aprendizagem possam ser entendidas contemporaneamente como um sintoma global, no qual outros aspectos, além da singularidade do sujeito estão envolvidos. Assim, concluímos que aspectos individuais e sociais envolvidos nos problemas de aprendizagem podem ser úteis no manejo clínico dessas crianças pelos profissionais que se dedicam a atender essa demanda específica. Precisa-se também estimular a parceria contínua entre psicopedagogo e psicólogo,pois ambos os profissionais, tanto da educação quanto da saúde mental, respondem por elementos constitutivos do saber infantil.
ISSN:1794-4724
2145-4515