Associação de resíduos da metalurgia com sedimentos em suspensão - Rio Ribeira de Iguape
Por aproximadamente 40 anos, o Rio Ribeira de Iguape recebeu resíduo oriundo de uma unidade de metalurgia (escória de fundição), produzido e descartado pela empresa Plumbum, localizada em Adrianópolis (Paraná). Para verificar a contribuição dessa escória na contaminação deste rio, foi realizada car...
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Universidade de São Paulo
2008-10-01
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Series: | Geologia USP. Série Científica |
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doaj-852bf58bfa394d95afee7c551c8b0d932020-11-25T03:18:07ZengUniversidade de São PauloGeologia USP. Série Científica2316-90952008-10-018210.5327/Z1519-874X2008000200001 Associação de resíduos da metalurgia com sedimentos em suspensão - Rio Ribeira de Iguape Valéria Guimarães0Joel Barbujiani Sígolo1Universidade de São Paulo; Instituto de Geociências; Departamento de Geologia Sedimentar e AmbientalUniversidade de São Paulo; Instituto de Geociências; Departamento de Geologia Sedimentar e Ambiental Por aproximadamente 40 anos, o Rio Ribeira de Iguape recebeu resíduo oriundo de uma unidade de metalurgia (escória de fundição), produzido e descartado pela empresa Plumbum, localizada em Adrianópolis (Paraná). Para verificar a contribuição dessa escória na contaminação deste rio, foi realizada caracterização físico-química, análise granulométrica, análise química, análise em Microscópio Eletrônico de Varredura com Espectrômetro de Dispersão de Energia de Raios X (MEV/EDS) e teste de lixiviação. A partir destas análises constatou-se que a escória apresenta caráter magnético e elevados teores de Zn (média de 118.004,33 mg/kg) e Pb (média de 34.018,00 mg/kg). De acordo com os testes executados segundo as normas da ABNT-NBR (1987a, 1987b e 1987c), essa escória foi classificada como pertencente à Classe I (ABNT-NBR, 1987a), por ultrapassar em 34 vezes o valor permitido de Pb (1.000 mg/kg) para deposição de resíduos sólidos em solos, já no teste de lixiviação ela foi considerada resistente ao ataque ácido, sendo o teor extraído de Pb da ordem de 0,46 mg/kg o que é bem inferior ao recomendado. Nos sedimentos em suspensão foram realizadas análises químicas e em MEV/EDS, com o intuito de verificar a associação da escória com esse tipo de sedimento. Os resultados obtidos exibiram a existência de formas arredondadas típicas de atividades de metalurgia, compostas por Pb, Zn, As e Cu. Isso indica que o material lançado nesse rio pela empresa Plumbum está sofrendo transporte, cominuição e incorporação aos sedimentos em suspensão, o que pode vir a gerar uma maior biodisponibilidade deste contaminante para a biota. http://www.revistas.usp.br/guspsc/article/view/27446metais pesadosescóriasedimento e transporte |
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Valéria Guimarães Joel Barbujiani Sígolo |
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Por aproximadamente 40 anos, o Rio Ribeira de Iguape recebeu resíduo oriundo de uma unidade de metalurgia (escória de fundição), produzido e descartado pela empresa Plumbum, localizada em Adrianópolis (Paraná). Para verificar a contribuição dessa escória na contaminação deste rio, foi realizada caracterização físico-química, análise granulométrica, análise química, análise em Microscópio Eletrônico de Varredura com Espectrômetro de Dispersão de Energia de Raios X (MEV/EDS) e teste de lixiviação. A partir destas análises constatou-se que a escória apresenta caráter magnético e elevados teores de Zn (média de 118.004,33 mg/kg) e Pb (média de 34.018,00 mg/kg). De acordo com os testes executados segundo as normas da ABNT-NBR (1987a, 1987b e 1987c), essa escória foi classificada como pertencente à Classe I (ABNT-NBR, 1987a), por ultrapassar em 34 vezes o valor permitido de Pb (1.000 mg/kg) para deposição de resíduos sólidos em solos, já no teste de lixiviação ela foi considerada resistente ao ataque ácido, sendo o teor extraído de Pb da ordem de 0,46 mg/kg o que é bem inferior ao recomendado. Nos sedimentos em suspensão foram realizadas análises químicas e em MEV/EDS, com o intuito de verificar a associação da escória com esse tipo de sedimento. Os resultados obtidos exibiram a existência de formas arredondadas típicas de atividades de metalurgia, compostas por Pb, Zn, As e Cu. Isso indica que o material lançado nesse rio pela empresa Plumbum está sofrendo transporte, cominuição e incorporação aos sedimentos em suspensão, o que pode vir a gerar uma maior biodisponibilidade deste contaminante para a biota. |
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