Quantificação e caracterização energética da madeira e casca de espécies do cerrado.

<p>Em uma faixa de cerrado <em>sensu stricto</em>, de 63,56 ha, da Fazenda Água Limpa, de propriedade da Universidade de Brasília-DF, foram delimitadas dez parcelas de 20 x 50 m cada nas quais se identificaram e medam as alturas totais e o diâmetro, tomado a 30 cm de altura do solo...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Ailton Teixeira do Vale, Maria Aparecida Mourão Brasil, Alcides Lopes Leão
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Universidade Federal de Santa Maria 2010-08-01
Series:Ciência Florestal
Subjects:
Online Access:http://cascavel.ufsm.br/revistas/ojs-2.2.2/index.php/cienciaflorestal/article/view/1702
id doaj-888b2ea6b21b4746a768a338c168c18c
record_format Article
spelling doaj-888b2ea6b21b4746a768a338c168c18c2020-11-25T00:07:03ZporUniversidade Federal de Santa MariaCiência Florestal0103-99541980-50982010-08-01121718010.5902/198050981702984Quantificação e caracterização energética da madeira e casca de espécies do cerrado.Ailton Teixeira do Vale0Maria Aparecida Mourão BrasilAlcides Lopes LeãoUFSM<p>Em uma faixa de cerrado <em>sensu stricto</em>, de 63,56 ha, da Fazenda Água Limpa, de propriedade da Universidade de Brasília-DF, foram delimitadas dez parcelas de 20 x 50 m cada nas quais se identificaram e medam as alturas totais e o diâmetro, tomado a 30 cm de altura do solo, de todas as árvores com diâmetro igual ou superior a 5cm. Foram sorteadas para serem derrubadas e pesadas, no máximo três (3) indivíduos por espécie e por classe de diâmetro, em sete classes diametrais pré-estabelecidas (5-9; 9-13...., 29-33 cm). Em cada indivíduo, foram coletadas seções transversais a zero (base), 25, 50, 75 e 100% (topo) da altura do tronco, partindo da base, embaladas em sacos plásticos e levadas para laboratório, para obtenção da massa específica básica, do poder calorífico superior e dos teores de cinzas, materiais volátil e carbono fixo da madeira e da casca. Foram identificadas 47 espécies. A biomassa seca do povoamento apresentou 71% de madeira e 29% de casca, sendo a árvore formada, em média, de 53% de ramos e 47% de tronco. A produção média de biomassa seca total para a área foi de 12,38 t/ha, com variações individuais de 0,44 kg/ha (<em>Symplocos rhaminifolia</em>, com um indivíduo/ha) a 2.886,04 kg/ha (<em>Sclerolobium paniculatum</em>, com 46 indivíduos/ha). A produção média por árvore foi de 18,39 kg. A massa específica básica da madeira variou de 0,20 g/cm<sup>3</sup> a 0,78 g/cm<sup>3</sup> e a da casca de 0,17 g/cm<sup>3</sup> a 0,67 g/cm<sup>,3</sup>. O poder calorífico superior variou de 4.516 kcal/kg a 4.989 kcal/kg, com média de 4.763 kcal/kg, enquanto o da casca variou de 4.187 kcal/kg a 5.738 kcal/kg. O teor de carbono fixo médio foi de 20,73% para a madeira e de 25,19% para a casca. <em>Vochysia thysoidea</em> destacou-se pela grande produção energética (392,49 Mcal/árvore, 20 árvores/ha e 7.849,80 Mcal/ha) em função da alta produção de biomassa tanto individual quanto por área, porém com características físicas da madeira inferiores (massa específica baixa - 0,49 g/cm<sup>3</sup> e poder calorífico abaixo da média para a área - 4.713 kcal/kg). <em>Acosmium dasycargpum </em>por sua vez apresentou boas características da madeira (alto poder calorífico - 4.989 kcal/kg, alta massa específica - 0,74 g/cm<sup>3</sup>), mas com baixa produção energética (76,03 Mcal/árvore, 1 árvore/ha e 76,03 Mcal/ha) em função da baixa produção de biomassa. Houve, no entanto, espécies com boas características da madeira e com alta produção de biomassa, individual e/ou por área. São elas: <em>Sclerolobium paniculatum</em> (305,72 Mcal/árvore, 46 árvores/ha, 14.063,12 Mcal/ha, 0,72 g/cm<sup>3</sup> e 4849 kcal/kg), <em>Dalbergia miscolobium</em> (80,26 Mcal/árvore, 84 árvores/ha, 6.741,84 Mcal/ha, 0,77 g/cm<sup>3</sup> e 4896 kcal/kg) e <em>Pterodon pubescens</em> (473,69 Mcal/árvore, 14 árvores/ha, 6.631,66 Mcal/ha, 0,73 g/cm<sup>3</sup> e 4953 kcal/kg). Essas espécies foram responsáveis por 45,85% de toda energia disponibilizada na forma de calor, ou seja, 27.437 Mcal/ha.</p>http://cascavel.ufsm.br/revistas/ojs-2.2.2/index.php/cienciaflorestal/article/view/1702produção de energiabiomassacerrado
collection DOAJ
language Portuguese
format Article
sources DOAJ
author Ailton Teixeira do Vale
Maria Aparecida Mourão Brasil
Alcides Lopes Leão
spellingShingle Ailton Teixeira do Vale
Maria Aparecida Mourão Brasil
Alcides Lopes Leão
Quantificação e caracterização energética da madeira e casca de espécies do cerrado.
Ciência Florestal
produção de energia
biomassa
cerrado
author_facet Ailton Teixeira do Vale
Maria Aparecida Mourão Brasil
Alcides Lopes Leão
author_sort Ailton Teixeira do Vale
title Quantificação e caracterização energética da madeira e casca de espécies do cerrado.
title_short Quantificação e caracterização energética da madeira e casca de espécies do cerrado.
title_full Quantificação e caracterização energética da madeira e casca de espécies do cerrado.
title_fullStr Quantificação e caracterização energética da madeira e casca de espécies do cerrado.
title_full_unstemmed Quantificação e caracterização energética da madeira e casca de espécies do cerrado.
title_sort quantificação e caracterização energética da madeira e casca de espécies do cerrado.
publisher Universidade Federal de Santa Maria
series Ciência Florestal
issn 0103-9954
1980-5098
publishDate 2010-08-01
description <p>Em uma faixa de cerrado <em>sensu stricto</em>, de 63,56 ha, da Fazenda Água Limpa, de propriedade da Universidade de Brasília-DF, foram delimitadas dez parcelas de 20 x 50 m cada nas quais se identificaram e medam as alturas totais e o diâmetro, tomado a 30 cm de altura do solo, de todas as árvores com diâmetro igual ou superior a 5cm. Foram sorteadas para serem derrubadas e pesadas, no máximo três (3) indivíduos por espécie e por classe de diâmetro, em sete classes diametrais pré-estabelecidas (5-9; 9-13...., 29-33 cm). Em cada indivíduo, foram coletadas seções transversais a zero (base), 25, 50, 75 e 100% (topo) da altura do tronco, partindo da base, embaladas em sacos plásticos e levadas para laboratório, para obtenção da massa específica básica, do poder calorífico superior e dos teores de cinzas, materiais volátil e carbono fixo da madeira e da casca. Foram identificadas 47 espécies. A biomassa seca do povoamento apresentou 71% de madeira e 29% de casca, sendo a árvore formada, em média, de 53% de ramos e 47% de tronco. A produção média de biomassa seca total para a área foi de 12,38 t/ha, com variações individuais de 0,44 kg/ha (<em>Symplocos rhaminifolia</em>, com um indivíduo/ha) a 2.886,04 kg/ha (<em>Sclerolobium paniculatum</em>, com 46 indivíduos/ha). A produção média por árvore foi de 18,39 kg. A massa específica básica da madeira variou de 0,20 g/cm<sup>3</sup> a 0,78 g/cm<sup>3</sup> e a da casca de 0,17 g/cm<sup>3</sup> a 0,67 g/cm<sup>,3</sup>. O poder calorífico superior variou de 4.516 kcal/kg a 4.989 kcal/kg, com média de 4.763 kcal/kg, enquanto o da casca variou de 4.187 kcal/kg a 5.738 kcal/kg. O teor de carbono fixo médio foi de 20,73% para a madeira e de 25,19% para a casca. <em>Vochysia thysoidea</em> destacou-se pela grande produção energética (392,49 Mcal/árvore, 20 árvores/ha e 7.849,80 Mcal/ha) em função da alta produção de biomassa tanto individual quanto por área, porém com características físicas da madeira inferiores (massa específica baixa - 0,49 g/cm<sup>3</sup> e poder calorífico abaixo da média para a área - 4.713 kcal/kg). <em>Acosmium dasycargpum </em>por sua vez apresentou boas características da madeira (alto poder calorífico - 4.989 kcal/kg, alta massa específica - 0,74 g/cm<sup>3</sup>), mas com baixa produção energética (76,03 Mcal/árvore, 1 árvore/ha e 76,03 Mcal/ha) em função da baixa produção de biomassa. Houve, no entanto, espécies com boas características da madeira e com alta produção de biomassa, individual e/ou por área. São elas: <em>Sclerolobium paniculatum</em> (305,72 Mcal/árvore, 46 árvores/ha, 14.063,12 Mcal/ha, 0,72 g/cm<sup>3</sup> e 4849 kcal/kg), <em>Dalbergia miscolobium</em> (80,26 Mcal/árvore, 84 árvores/ha, 6.741,84 Mcal/ha, 0,77 g/cm<sup>3</sup> e 4896 kcal/kg) e <em>Pterodon pubescens</em> (473,69 Mcal/árvore, 14 árvores/ha, 6.631,66 Mcal/ha, 0,73 g/cm<sup>3</sup> e 4953 kcal/kg). Essas espécies foram responsáveis por 45,85% de toda energia disponibilizada na forma de calor, ou seja, 27.437 Mcal/ha.</p>
topic produção de energia
biomassa
cerrado
url http://cascavel.ufsm.br/revistas/ojs-2.2.2/index.php/cienciaflorestal/article/view/1702
work_keys_str_mv AT ailtonteixeiradovale quantificacaoecaracterizacaoenergeticadamadeiraecascadeespeciesdocerrado
AT mariaaparecidamouraobrasil quantificacaoecaracterizacaoenergeticadamadeiraecascadeespeciesdocerrado
AT alcideslopesleao quantificacaoecaracterizacaoenergeticadamadeiraecascadeespeciesdocerrado
_version_ 1725420164468441088