Pensar o neutro e seu silêncio: esta radicalidade em potência

O objetivo deste artigo é analisar o conceito ou arquiconceito de neutro a partir de Roland Barthes e Maurice Blanchot. Que figura indecidível é essa que corta e divide a escritura? Se pensarmos nessa fuga tácita dos binômios, nessa escritura branca como uma figura lisa, que consegue se deslizar [co...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Helano Jader Ribeiro
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Universidade Federal de Santa Catarina 2014-06-01
Series:Outra Travessia
Subjects:
Online Access:https://periodicos.ufsc.br/index.php/Outra/article/view/39259
Description
Summary:O objetivo deste artigo é analisar o conceito ou arquiconceito de neutro a partir de Roland Barthes e Maurice Blanchot. Que figura indecidível é essa que corta e divide a escritura? Se pensarmos nessa fuga tácita dos binômios, nessa escritura branca como uma figura lisa, que consegue se deslizar [correr pelo rio da linguagem] pelo fechamento existente em masculino e feminino, podemos conceber o neutro, acima de tudo, como uma possibilidade política de ética do in-visível e do in-au-dito. E se a literatura tende para o silêncio, segundo Blanchot, é porque ela mesma se movimenta na direção dos seus limites. Esse limite, esse neutro, é a terceira margem, é a borda de um estranho limbo, o entre-lugar que chamamos de escritura.
ISSN:1807-5002
2176-8552