Análises U-Th-Pb (Shrimp) em titanitas: técnicas analíticas e exemplos em terrenos do sul-sudeste brasileiro – Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo
Inúmeros cristais de titanita foram coletados na mina de cobre Khan, Namíbia, África. Eles foram analisados através da técnica de microssonda iônica de alta resolução e de alta sensibilidade (SHRIMP) no Laboratório de Geocronologia de Alta Resolução (GEOLab), do Instituto de Geociências da Universid...
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Universidade de São Paulo
2016-07-01
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doaj-8d7b4b0d4b374e758609e91cecd52ae42020-11-25T03:15:00ZengUniversidade de São PauloGeologia USP. Série Científica2316-90952016-07-0116210.11606/issn.2316-9095.v16i2p3-18Análises U-Th-Pb (Shrimp) em titanitas: técnicas analíticas e exemplos em terrenos do sul-sudeste brasileiro – Instituto de Geociências da Universidade de São PauloKei Sato Sato0Oswaldo Siga Junior1Miguel Angelo Stipp Basei2Colombo Celso Gaeta Tassinari3Artur Takashi Onoe4Universidade de São Paulo - USP, Instituto de GeociênciasUniversidade de São Paulo - USP, Instituto de GeociênciasUniversidade de São Paulo - USP, Instituto de GeociênciasUniversidade de São Paulo - USP, Instituto de GeociênciasUniversidade de São Paulo - USP, Instituto de GeociênciasInúmeros cristais de titanita foram coletados na mina de cobre Khan, Namíbia, África. Eles foram analisados através da técnica de microssonda iônica de alta resolução e de alta sensibilidade (SHRIMP) no Laboratório de Geocronologia de Alta Resolução (GEOLab), do Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo (IGc-USP), numa tentativa de serem utilizados como referência na determinação de razões 206Pb/238U de amostras desconhecidas. Neste experimento, foi utilizado como referência o padrão BLR1 (1.047 Ma), obtendo-se para o padrão interno Khan idade de 519 Ma. Tal valor é muito próximo das idades disponíveis na literatura especializada: idade 207Pb/206Pb de 518 ± 2 Ma e 522,3 ± 2,3 Ma (espectrômetro de massa de ionização térmica – Tims) e idade concórdia de 516,9 Ma (LA-ICP-MS). Os testes analíticos SHRIMP foram realizados em titanitas provenientes de duas amostras de rochas graníticas da Suíte Rio Piên, admitida como possível arco magmático, que baliza os terrenos Curitiba e Luis Alves (sul-sudeste brasileiro). A amostra MJ-649 acusou idade de 594 ± 5 Ma, e a amostra OM-629, idade de 616,6 ± 2,6 Ma. Tais valores são muito próximos às idades U-Pb obtidas em zircão através das técnicas SHRIMP e TIMS. Os erros obtidos nas idades U-Pb em titanitas são normalmente mais elevados que os obtidos em zircão em função da maior presença de Pb comum nas titanitas. Um maior número de medidas é aconselhável para a obtenção de uma precisão analítica aceitável. Em cristais de titanitas relativamente jovens (idades pós-neoproterozoicas), as idades 207Pb/206Pb são altamente imprecisas devido à elevada concentração de Pb comum; por outro lado, as idades 206Pb/238U apresentam valores bastante significativos. O desenvolvimento de análises em titanitas utilizando a técnica SHRIMP junto ao GEOLab-IGc-USP tem grande importância, principalmente quando acoplado a dados U-Pb obtidos em zircão e Ar-Ar em minerais, como anfibólio e biotita. Permite, além de um estudo geocronológico preciso, a obtenção de importantes parâmetros termocronológicos relacionados à ascensão/denudação de corpos rochosos.http://www.revistas.usp.br/guspsc/article/view/118212TitaniteKhanBLRShrimpTerreno Curitiba. |
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Inúmeros cristais de titanita foram coletados na mina de cobre Khan, Namíbia, África. Eles foram analisados através da técnica de microssonda iônica de alta resolução e de alta sensibilidade (SHRIMP) no Laboratório de Geocronologia de Alta Resolução (GEOLab), do Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo (IGc-USP), numa tentativa de serem utilizados como referência na determinação de razões 206Pb/238U de amostras desconhecidas. Neste experimento, foi utilizado como referência o padrão BLR1 (1.047 Ma), obtendo-se para o padrão interno Khan idade de 519 Ma. Tal valor é muito próximo das idades disponíveis na literatura especializada: idade 207Pb/206Pb de 518 ± 2 Ma e 522,3 ± 2,3 Ma (espectrômetro de massa de ionização térmica – Tims) e idade concórdia de 516,9 Ma (LA-ICP-MS). Os testes analíticos SHRIMP foram realizados em titanitas provenientes de duas amostras de rochas graníticas da Suíte Rio Piên, admitida como possível arco magmático, que baliza os terrenos Curitiba e Luis Alves (sul-sudeste brasileiro). A amostra MJ-649 acusou idade de 594 ± 5 Ma, e a amostra OM-629, idade de 616,6 ± 2,6 Ma. Tais valores são muito próximos às idades U-Pb obtidas em zircão através das técnicas SHRIMP e TIMS. Os erros obtidos nas idades U-Pb em titanitas são normalmente mais elevados que os obtidos em zircão em função da maior presença de Pb comum nas titanitas. Um maior número de medidas é aconselhável para a obtenção de uma precisão analítica aceitável. Em cristais de titanitas relativamente jovens (idades pós-neoproterozoicas), as idades 207Pb/206Pb são altamente imprecisas devido à elevada concentração de Pb comum; por outro lado, as idades 206Pb/238U apresentam valores bastante significativos. O desenvolvimento de análises em titanitas utilizando a técnica SHRIMP junto ao GEOLab-IGc-USP tem grande importância, principalmente quando acoplado a dados U-Pb obtidos em zircão e Ar-Ar em minerais, como anfibólio e biotita. Permite, além de um estudo geocronológico preciso, a obtenção de importantes parâmetros termocronológicos relacionados à ascensão/denudação de corpos rochosos. |
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