História e crítica da História econômica quantitativa
(primeiro parágrafo do texto) O progresso da mentalidade quantitativa, do sentido da precisão, está intimamente relacionado ao processo de desenvolvimento do sistema capitalista. O sistema feudal prescindia desta qualidade, tendo-se em vista o caráter auto-suficiente da sua economia. Com o renasc...
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doaj-8dcc80e1a8d34b1db608be6aae5582262020-11-24T20:47:56ZporUniversidade de São PauloRevista de História0034-83092316-91411977-06-015511046348110.11606/issn.2316-9141.rh.1977.7626473763História e crítica da História econômica quantitativaJosé Jobson Andrade Arruda0Departamento de História - FFLCH/USP(primeiro parágrafo do texto) O progresso da mentalidade quantitativa, do sentido da precisão, está intimamente relacionado ao processo de desenvolvimento do sistema capitalista. O sistema feudal prescindia desta qualidade, tendo-se em vista o caráter auto-suficiente da sua economia. Com o renascimento comercial e urbano na Europa Ocidental, por volta do século XII, ocorrem as primeiras manifestações do espírito quantitativo, exteriorizadas na criação de escolas para mercadores, com a finalidade de instruí-los para a vida comercial. Quanto mais complexa se torna a vida mercantil, mais indispensável se torna o domínio das técnicas mercantis. A cultura e a mentalidade se laicizam. O movimento universitário é a expressão candente da nova forma de vida que emerge da transformação do sistema feudal e do desenvolvimento do sistema capitalista. Esta nova mentalidade poderia ser surpreendida em vários níveis: compras e vendas de mercadorias, o empréstimo a juros, a técnica do câmbio, as letras de feira e de câmbio, a escamoteação da usura pelo Trinus Contractus, e, principalmente, a contabilidade na sua forma mais acabada e desenvolvida das partidas dobradas.http://www.revistas.usp.br/revhistoria/article/view/76264História EconômicaSistema capitalistaEconomia |
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(primeiro parágrafo do texto)
O progresso da mentalidade quantitativa, do sentido da precisão, está intimamente relacionado ao processo de desenvolvimento do sistema capitalista. O sistema feudal prescindia desta qualidade, tendo-se em vista o caráter auto-suficiente da sua economia.
Com o renascimento comercial e urbano na Europa Ocidental, por volta do século XII, ocorrem as primeiras manifestações do espírito quantitativo, exteriorizadas na criação de escolas para mercadores, com a finalidade de instruí-los para a vida comercial.
Quanto mais complexa se torna a vida mercantil, mais indispensável se torna o domínio das técnicas mercantis. A cultura e a mentalidade se laicizam. O movimento universitário é a expressão candente da nova forma de vida que emerge da transformação do sistema feudal e do desenvolvimento do sistema capitalista. Esta nova mentalidade poderia ser surpreendida em vários níveis: compras e vendas de mercadorias, o empréstimo a juros, a técnica do câmbio, as letras de feira e de câmbio, a escamoteação da usura pelo Trinus Contractus, e, principalmente, a contabilidade na sua forma mais acabada e desenvolvida das partidas dobradas. |
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