Summary: | Resumo O artigo apresenta os discursos de profissionais e usuários de uma instituição de pesquisa e assistência em saúde acerca da humanização. Foram entrevistados 16 profissionais e 44 usuários. As entrevistas foram analisadas pelo método do Discurso do Sujeito Coletivo e discutidas à luz do referencial teórico que inclui a Teoria da Ação Comunicativa, de Habermas e autores reconhecidos da saúde coletiva. Os achados apontam para a importância do conjunto de tecnologias duras, leve-duras e leves para a prática humanizada. O papel de articulação da ação comunicativa foi destacado, tanto para a formação de redes entre os profissionais, como na relação entre profissionais e pacientes. O fato de a instituição realizar pesquisa foi considerado pelos profissionais e usuários como fator que eleva a qualidade da assistência e contribui para a humanização. Usuários enfatizaram a importância da resolutividade para um atendimento humanizado e consideraram-se bem atendidos. Os profissionais destacaram as condições de trabalho e a autonomia de profissionais e de pacientes, com a valorização do saber de cada um. O trabalho intersetorial aparece como um importante desafio para o instituto e para o SUS.
|