<b>O discurso do protagonista em <i>Juliano Pavollini</i>, de Cristovão Tezza: uma estrutura em paralaxe?

O narrador de Juliano Pavollini é autodiegético, isto é, sua voz assume a representação de todos os aspectos do texto; no entanto, trata-se de um narrador não onisciente, pois tem visão limitada dos fatos ocorridos e que, além disso, faz uma reencenação dos momentos de surpresa. Este Juliano-narrado...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Marisa Corrêa Silva, Estela Pereira dos Santos
Format: Article
Language:English
Published: Universidade Estadual de Maringá 2016-01-01
Series:Acta Scientiarum : Language and Culture
Subjects:
Online Access:http://186.233.154.254/ojs/index.php/ActaSciLangCult/article/view/27715
id doaj-911ffd8807284ef3aef5c652de14465f
record_format Article
spelling doaj-911ffd8807284ef3aef5c652de14465f2021-05-02T04:22:46ZengUniversidade Estadual de MaringáActa Scientiarum : Language and Culture1983-46751983-46832016-01-01381435010.4025/actascilangcult.v38i1.2771513115<b>O discurso do protagonista em <i>Juliano Pavollini</i>, de Cristovão Tezza: uma estrutura em paralaxe?Marisa Corrêa Silva0Estela Pereira dos Santos1Universidade Estadual de MaringáUniversidade Estadual de MaringáO narrador de Juliano Pavollini é autodiegético, isto é, sua voz assume a representação de todos os aspectos do texto; no entanto, trata-se de um narrador não onisciente, pois tem visão limitada dos fatos ocorridos e que, além disso, faz uma reencenação dos momentos de surpresa. Este Juliano-narrador apresenta uma linguagem altamente elaborada, com domínio total da norma culta. Há também momentos nos quais a voz representada é a do Juliano-personagem, cujas intervenções podem ser percebidas nos diálogos em discurso direto. Existe um hiato entre esses dois discursos: o primeiro é sofisticado e manipulador, enquanto o segundo deveria exprimir um Juliano ingênuo e às voltas com uma realidade ‘maior do que ele’, por assim dizer. Partimos do pressuposto de que se trata de um hiato de efeito calculado sobre o leitor e sobre a estrutura narrativa; buscamos, também, investigar quais os efeitos que isso provoca no texto, utilizando o conceito de ‘visão em paralaxe’, proposto por Žižek.http://186.233.154.254/ojs/index.php/ActaSciLangCult/article/view/27715Juliano Pavolliniparalaxeestrutura discursivanarrador
collection DOAJ
language English
format Article
sources DOAJ
author Marisa Corrêa Silva
Estela Pereira dos Santos
spellingShingle Marisa Corrêa Silva
Estela Pereira dos Santos
<b>O discurso do protagonista em <i>Juliano Pavollini</i>, de Cristovão Tezza: uma estrutura em paralaxe?
Acta Scientiarum : Language and Culture
Juliano Pavollini
paralaxe
estrutura discursiva
narrador
author_facet Marisa Corrêa Silva
Estela Pereira dos Santos
author_sort Marisa Corrêa Silva
title <b>O discurso do protagonista em <i>Juliano Pavollini</i>, de Cristovão Tezza: uma estrutura em paralaxe?
title_short <b>O discurso do protagonista em <i>Juliano Pavollini</i>, de Cristovão Tezza: uma estrutura em paralaxe?
title_full <b>O discurso do protagonista em <i>Juliano Pavollini</i>, de Cristovão Tezza: uma estrutura em paralaxe?
title_fullStr <b>O discurso do protagonista em <i>Juliano Pavollini</i>, de Cristovão Tezza: uma estrutura em paralaxe?
title_full_unstemmed <b>O discurso do protagonista em <i>Juliano Pavollini</i>, de Cristovão Tezza: uma estrutura em paralaxe?
title_sort <b>o discurso do protagonista em <i>juliano pavollini</i>, de cristovão tezza: uma estrutura em paralaxe?
publisher Universidade Estadual de Maringá
series Acta Scientiarum : Language and Culture
issn 1983-4675
1983-4683
publishDate 2016-01-01
description O narrador de Juliano Pavollini é autodiegético, isto é, sua voz assume a representação de todos os aspectos do texto; no entanto, trata-se de um narrador não onisciente, pois tem visão limitada dos fatos ocorridos e que, além disso, faz uma reencenação dos momentos de surpresa. Este Juliano-narrador apresenta uma linguagem altamente elaborada, com domínio total da norma culta. Há também momentos nos quais a voz representada é a do Juliano-personagem, cujas intervenções podem ser percebidas nos diálogos em discurso direto. Existe um hiato entre esses dois discursos: o primeiro é sofisticado e manipulador, enquanto o segundo deveria exprimir um Juliano ingênuo e às voltas com uma realidade ‘maior do que ele’, por assim dizer. Partimos do pressuposto de que se trata de um hiato de efeito calculado sobre o leitor e sobre a estrutura narrativa; buscamos, também, investigar quais os efeitos que isso provoca no texto, utilizando o conceito de ‘visão em paralaxe’, proposto por Žižek.
topic Juliano Pavollini
paralaxe
estrutura discursiva
narrador
url http://186.233.154.254/ojs/index.php/ActaSciLangCult/article/view/27715
work_keys_str_mv AT marisacorreasilva bodiscursodoprotagonistaemijulianopavolliniidecristovaotezzaumaestruturaemparalaxe
AT estelapereiradossantos bodiscursodoprotagonistaemijulianopavolliniidecristovaotezzaumaestruturaemparalaxe
_version_ 1721495314566742016