Summary: | RESUMO As lesões traumáticas dos membros que resultam em secções tendíneas são problemas comuns na clínica equina. Diversas complicações têm sido associadas à reparação dos tendões nessa espécie. O objetivo do presente trabalho foi avaliar biomecanicamente dois padrões de sutura e dois diferentes materiais aplicados às tenorrafias. Vinte e quatro peças de tendão flexor digital profundo de equinos foram seccionadas e suturadas em padrão locking loop duplo (grupo 1, com polipropileno; grupo 2, com poliglactina) ou em padrão locking loop simples associado à sutura de epitendão (grupo 3, com polipropileno; grupo 4, com poliglactina). Os corpos de prova foram submetidos a ensaios mecânicos de tração, em que se determinaram valores de força mínima, força máxima e pico de força, além do afastamento observado entre os cotos durante o pico máximo de força. Para avaliação dos resultados, foram utilizados os métodos ANOVA e os não paramétricos de Kruskal-Wallis e Mann-Whitney (P<0,05). Os maiores valores de força máxima foram documentados no grupo 3. Os valores de força mínima foram maiores nos grupos 3 e 4 que nos grupos 1 e 2, mas não diferiram significativamente entre os grupos 3 e 4. Os valores de pico de força foram maiores nos grupos 1 e 2 que no grupo 4, mas não diferiram significativamente no grupo 3. O afastamento foi maior nos grupos 1 e 2 quando comparados aos grupos 3 e 4. O padrão locking loop simples, com sutura de epitendão, atingiu maior resistência quando avaliado afastamento de até 3 milímetros entre os cotos tendíneos, sendo considerado padrão de escolha para aplicação clínica, tendo em vista os resultados obtidos neste trabalho.
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