Autismo e a Hipótese de uma Estrutura Não Decidida
Este artigo tem por objetivo apresentar um fragmento de caso clínico e discuti-lo a partir das teses de Jacques Lacan sobre o autismo e da hipótese de uma psicose não decidida na infância. Para esse autor, o indivíduo autista é aquele que, apesar de estar na linguagem, não está no discurso. A relaçã...
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Universidade de Fortaleza
2020-12-01
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doaj-960cf86c98f34b189fa1787e9fba1fcf2021-02-23T13:08:27ZporUniversidade de FortalezaRevista Subjetividades2359-07772359-07772020-12-0120310.5020/23590777.rs.v20i3.e101965112Autismo e a Hipótese de uma Estrutura Não DecididaLetícia Binevicius0Lara Cristina d'Avila Lourenço1Universidade Federal de São PauloUniversidade Federal de São PauloEste artigo tem por objetivo apresentar um fragmento de caso clínico e discuti-lo a partir das teses de Jacques Lacan sobre o autismo e da hipótese de uma psicose não decidida na infância. Para esse autor, o indivíduo autista é aquele que, apesar de estar na linguagem, não está no discurso. A relação com o Outro primordial se dá de tal forma, pode-se dizer sem os limites impostos pelo nome-do-pai, que ocorre a holófrase do primeiro par significante. O sujeito fica, assim, congelado, submetido ao significante. A forclusão do nome-do-pai aponta, para Lacan, para uma estrutura psicótica, da qual o autismo seria um representante. Mas, diante de uma fenomenologia característica do autismo, em que momento é possível concluir que de fato houve forclusão do nome-do-pai? Segundo nossa hipótese, o fragmento clínico aqui apresentado diz respeito a uma criança que, apesar de ter recebido diagnóstico médico de TEA (transtorno do espectro autista), ainda teria possibilidade de inscrição da metáfora paterna e, portanto, de realizar outro destino estrutural.https://periodicos.unifor.br/rmes/article/view/10196autismopsicosepsicanáliseinfância. |
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Este artigo tem por objetivo apresentar um fragmento de caso clínico e discuti-lo a partir das teses de Jacques Lacan sobre o autismo e da hipótese de uma psicose não decidida na infância. Para esse autor, o indivíduo autista é aquele que, apesar de estar na linguagem, não está no discurso. A relação com o Outro primordial se dá de tal forma, pode-se dizer sem os limites impostos pelo nome-do-pai, que ocorre a holófrase do primeiro par significante. O sujeito fica, assim, congelado, submetido ao significante. A forclusão do nome-do-pai aponta, para Lacan, para uma estrutura psicótica, da qual o autismo seria um representante. Mas, diante de uma fenomenologia característica do autismo, em que momento é possível concluir que de fato houve forclusão do nome-do-pai? Segundo nossa hipótese, o fragmento clínico aqui apresentado diz respeito a uma criança que, apesar de ter recebido diagnóstico médico de TEA (transtorno do espectro autista), ainda teria possibilidade de inscrição da metáfora paterna e, portanto, de realizar outro destino estrutural. |
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