Persistência do Canal Arterial - Uma Nova Abordagem com um Velho Fármaco

Introdução: Relatos recentes sugerem a administração de paracetamol para o encerramento do canal arterial. Pretende-se avaliar a eficácia e a segurança do paracetamol endovenoso no encerramento do canal arterial em recém-nascidos com idade pós-menstrual <32 semanas com contraindicação para admin...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Bruno Mendes Simões, Patrícia Mendes, Maria José Castro
Format: Article
Language:English
Published: Sociedade Portuguesa de Pediatria 2015-07-01
Series:Portuguese Journal of Pediatrics
Online Access:https://pjp.spp.pt//article/view/4461
id doaj-9970696ba19d4bb28fe8be02aaff9ef8
record_format Article
spelling doaj-9970696ba19d4bb28fe8be02aaff9ef82020-11-25T02:18:20ZengSociedade Portuguesa de PediatriaPortuguese Journal of Pediatrics 2184-33332015-07-0146310.25754/pjp.2015.4461Persistência do Canal Arterial - Uma Nova Abordagem com um Velho FármacoBruno Mendes Simões0Patrícia Mendes1Maria José Castro2Centro Hospitalar do Algarve - Hospital de FaroCentro Hospitalar do Algarve - Hospital de FaroCentro Hospitalar do Algarve - Hospital de Faro Introdução: Relatos recentes sugerem a administração de paracetamol para o encerramento do canal arterial. Pretende-se avaliar a eficácia e a segurança do paracetamol endovenoso no encerramento do canal arterial em recém-nascidos com idade pós-menstrual <32 semanas com contraindicação para administração de ibuprofeno. Métodos: Descrevemos uma série de cinco doentes com diagnóstico ecográfico de persistência do canal arterial internados numa unidade de cuidados intensivos neonatais de um hospital universitário de nível II, aos quais foi administrado paracetamol endovenoso com monitorização ecográfica e dos níveis de paracetamol e das enzimas hepáticas. Resultados: No início da terapêutica a mediana para a idade pós-menstrual foi de 263/7 semanas (mínimo-máximo: 262/7-305/7) e para o peso de 750g (533-1075). Um dos doentes não apresentava critérios ecográficos de persistência de canal arterial hemodinamicamente significativo, e três não apresentavam sintomas compatíveis. As doses variaram entre 45 e 60mg/Kg/dia, com uma mediana de 9 tomas (6-17). A evolução ecográfica foi favorável em 80% dos doentes e houve noção de melhoria clínica em todos os doentes sintomáticos, tendo-se considerado que o tratamento foi eficaz em 60%. Os níveis séricos de paracetamol foram normais, não se tendo observado efeitos adversos precoces. Conclusões: A eficácia do paracetamol para o encerramento do canal arterial nesta série foi substancialmente inferior à previamente descrita. A evidência atual sobre a sua utilização como fármaco de primeira linha permanece questionável mas o seu perfil de segurança torna-o uma alternativa interessante como fármaco de recurso. Palavras-chave: canal arterial; paracetamol; pré-termohttps://pjp.spp.pt//article/view/4461
collection DOAJ
language English
format Article
sources DOAJ
author Bruno Mendes Simões
Patrícia Mendes
Maria José Castro
spellingShingle Bruno Mendes Simões
Patrícia Mendes
Maria José Castro
Persistência do Canal Arterial - Uma Nova Abordagem com um Velho Fármaco
Portuguese Journal of Pediatrics
author_facet Bruno Mendes Simões
Patrícia Mendes
Maria José Castro
author_sort Bruno Mendes Simões
title Persistência do Canal Arterial - Uma Nova Abordagem com um Velho Fármaco
title_short Persistência do Canal Arterial - Uma Nova Abordagem com um Velho Fármaco
title_full Persistência do Canal Arterial - Uma Nova Abordagem com um Velho Fármaco
title_fullStr Persistência do Canal Arterial - Uma Nova Abordagem com um Velho Fármaco
title_full_unstemmed Persistência do Canal Arterial - Uma Nova Abordagem com um Velho Fármaco
title_sort persistência do canal arterial - uma nova abordagem com um velho fármaco
publisher Sociedade Portuguesa de Pediatria
series Portuguese Journal of Pediatrics
issn 2184-3333
publishDate 2015-07-01
description Introdução: Relatos recentes sugerem a administração de paracetamol para o encerramento do canal arterial. Pretende-se avaliar a eficácia e a segurança do paracetamol endovenoso no encerramento do canal arterial em recém-nascidos com idade pós-menstrual <32 semanas com contraindicação para administração de ibuprofeno. Métodos: Descrevemos uma série de cinco doentes com diagnóstico ecográfico de persistência do canal arterial internados numa unidade de cuidados intensivos neonatais de um hospital universitário de nível II, aos quais foi administrado paracetamol endovenoso com monitorização ecográfica e dos níveis de paracetamol e das enzimas hepáticas. Resultados: No início da terapêutica a mediana para a idade pós-menstrual foi de 263/7 semanas (mínimo-máximo: 262/7-305/7) e para o peso de 750g (533-1075). Um dos doentes não apresentava critérios ecográficos de persistência de canal arterial hemodinamicamente significativo, e três não apresentavam sintomas compatíveis. As doses variaram entre 45 e 60mg/Kg/dia, com uma mediana de 9 tomas (6-17). A evolução ecográfica foi favorável em 80% dos doentes e houve noção de melhoria clínica em todos os doentes sintomáticos, tendo-se considerado que o tratamento foi eficaz em 60%. Os níveis séricos de paracetamol foram normais, não se tendo observado efeitos adversos precoces. Conclusões: A eficácia do paracetamol para o encerramento do canal arterial nesta série foi substancialmente inferior à previamente descrita. A evidência atual sobre a sua utilização como fármaco de primeira linha permanece questionável mas o seu perfil de segurança torna-o uma alternativa interessante como fármaco de recurso. Palavras-chave: canal arterial; paracetamol; pré-termo
url https://pjp.spp.pt//article/view/4461
work_keys_str_mv AT brunomendessimoes persistenciadocanalarterialumanovaabordagemcomumvelhofarmaco
AT patriciamendes persistenciadocanalarterialumanovaabordagemcomumvelhofarmaco
AT mariajosecastro persistenciadocanalarterialumanovaabordagemcomumvelhofarmaco
_version_ 1724882827942559744