Fraturas, carste e cavernas nos calcários Jandaíra em Felipe Guerra, Rio Grande do Norte

Condicionantes estruturais e geológicos foram estudados no lajedo do Arapuá em Felipe Guerra, oeste da Bacia Potiguar, com objetivo de avaliar sua influência no controle e na evolução de feições cársticas em carbonatos cretáceos da Formação Jandaíra. O arranjo estrutural das descontinuidades mostra...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Iris Pereira Gomes, César Ulisses Vieira Veríssimo, Francisco Hilário Rego Bezerra, Jefferson Lima dos Santos, José Ronaldo de Freitas Câmara
Format: Article
Language:English
Published: Universidade de São Paulo 2019-03-01
Series:Geologia USP. Série Científica
Subjects:
Online Access:http://www.revistas.usp.br/guspsc/article/view/149311
Description
Summary:Condicionantes estruturais e geológicos foram estudados no lajedo do Arapuá em Felipe Guerra, oeste da Bacia Potiguar, com objetivo de avaliar sua influência no controle e na evolução de feições cársticas em carbonatos cretáceos da Formação Jandaíra. O arranjo estrutural das descontinuidades mostra a existência de quatro famílias de fraturas com direções preferenciais: NW-SE, NE-SW, N-S e E-W, as quais coincidem tanto com os principais sistemas de falhas da Bacia Potiguar como com a direção de desenvolvimento de cavernas na área de estudo. A caverna de Arapuá, principal cavidade da área, foi mapeada em escala de detalhe e realizado o levantamento estrutural das descontinuidades presentes no seu interior. As galerias principais que delimitam o contorno da caverna, as fendas e os alinhamentos de estalactites no teto, obedecem ao controle estrutural similar observado na superfície do lajedo. A simulação estocástica booleana aplicada às descontinuidades da área estudada permitiu a geração de gráficos tridimensionais que forneceram uma visão tridimensional (3D) da intensidade e da orientação espacial das estruturas em três profundidades distintas, reforçando a tendência das direções de fraturamento reconhecidas em superfície, com grande redução da ocorrência e penetratividade das direções E-W e N-S com a profundidade. O arranjo estrutural local coincide com o regional observado na Bacia Potiguar, configurado por um sistema de falhas extensionais que limitam altos e baixos estruturais orientados segundo NE-SW e NW-SE, herdados da fragmentação do supercontinente Gondwana e da abertura do Atlântico Sul. Pequenas falhas NE-SW com movimentação direcional dextral sugerem associação com estruturas reativadas em regime transcorrente. Entre as diferentes fácies reconhecidas nas seções da caverna de Arapuá, os mudstones e os carbonatos cristalinos correspondem
ISSN:2316-9095