Cefaleias numa População Pediátrica

A cefaleia é um sintoma frequente na idade pediátrica, sendo a sua causa mais habitual a enxaqueca. Objectivos: Caracterização clínica das crianças com cefaleias seguidas na Consulta de Neurologia Pediátrica; avaliação da resposta clínica à terapêutica profiláctica para a enxaqueca e avaliação crí...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Armando Fernandes, António Levy Gomes
Format: Article
Language:English
Published: Sociedade Portuguesa de Pediatria 2014-09-01
Series:Portuguese Journal of Pediatrics
Subjects:
Online Access:https://pjp.spp.pt//article/view/5675
id doaj-9c9fdd6c2b76498fa921c0e9f1fccd80
record_format Article
spelling doaj-9c9fdd6c2b76498fa921c0e9f1fccd802020-11-25T02:05:10ZengSociedade Portuguesa de PediatriaPortuguese Journal of Pediatrics 2184-33332014-09-0128210.25754/pjp.1997.5675Cefaleias numa População PediátricaArmando FernandesAntónio Levy Gomes A cefaleia é um sintoma frequente na idade pediátrica, sendo a sua causa mais habitual a enxaqueca. Objectivos: Caracterização clínica das crianças com cefaleias seguidas na Consulta de Neurologia Pediátrica; avaliação da resposta clínica à terapêutica profiláctica para a enxaqueca e avaliação crítica dos critérios diagnósticos da Sociedade Internacional de Cefaleias para a enxaqueca. Doentes e Métodos: Estudo retrospectivo de 109 crianças com cefaleias recorrentes (enxaqueca, cefaleia de tensão e cefaleias mistas), referenciadas à Consulta de Neurologia Pediátrica do Hospital de Santa Maria, de 01-01-94 a 30-06-96. Resultados e conclusões: As cefaleias recorrentes representaram 8,28% da patologia assistida na Consulta de Neurologia Pediátrica. A enxaqueca foi a causa mais frequente de cefaleias recorrentes (80,7%), seguida da cefaleia de tensão (14,7%).  Nos doentes com enxaqueca havia história familiar positiva em 69,3% dos casos, principalmente materna (63,1%). Nestes doentes, a localização unilateral da dor, o carácter pulsátil e a duração superior a 4 horas ocorreram, apenas, em 22,3%, 30,2% e 42% dos casos, respectivamente. Este facto sugere a necessidade de algumas modificações aos critérios da Sociedade Internacional de Cefaleias. Ainda, nestes doentes houve uma melhoria clínica em 73,8% dos casos, 23,1% dos quais sem terapêutica profiláctica para a enxaqueca. A escolha dos exames imagiológicos deverá ser baseada na suspeita clínica, após realização da anamnese e da observação clínica (incluindo o exame neuro-oftalmológico). https://pjp.spp.pt//article/view/5675Cefaleiascriançainfânciaprofilaxiaterapêutica
collection DOAJ
language English
format Article
sources DOAJ
author Armando Fernandes
António Levy Gomes
spellingShingle Armando Fernandes
António Levy Gomes
Cefaleias numa População Pediátrica
Portuguese Journal of Pediatrics
Cefaleias
criança
infância
profilaxia
terapêutica
author_facet Armando Fernandes
António Levy Gomes
author_sort Armando Fernandes
title Cefaleias numa População Pediátrica
title_short Cefaleias numa População Pediátrica
title_full Cefaleias numa População Pediátrica
title_fullStr Cefaleias numa População Pediátrica
title_full_unstemmed Cefaleias numa População Pediátrica
title_sort cefaleias numa população pediátrica
publisher Sociedade Portuguesa de Pediatria
series Portuguese Journal of Pediatrics
issn 2184-3333
publishDate 2014-09-01
description A cefaleia é um sintoma frequente na idade pediátrica, sendo a sua causa mais habitual a enxaqueca. Objectivos: Caracterização clínica das crianças com cefaleias seguidas na Consulta de Neurologia Pediátrica; avaliação da resposta clínica à terapêutica profiláctica para a enxaqueca e avaliação crítica dos critérios diagnósticos da Sociedade Internacional de Cefaleias para a enxaqueca. Doentes e Métodos: Estudo retrospectivo de 109 crianças com cefaleias recorrentes (enxaqueca, cefaleia de tensão e cefaleias mistas), referenciadas à Consulta de Neurologia Pediátrica do Hospital de Santa Maria, de 01-01-94 a 30-06-96. Resultados e conclusões: As cefaleias recorrentes representaram 8,28% da patologia assistida na Consulta de Neurologia Pediátrica. A enxaqueca foi a causa mais frequente de cefaleias recorrentes (80,7%), seguida da cefaleia de tensão (14,7%).  Nos doentes com enxaqueca havia história familiar positiva em 69,3% dos casos, principalmente materna (63,1%). Nestes doentes, a localização unilateral da dor, o carácter pulsátil e a duração superior a 4 horas ocorreram, apenas, em 22,3%, 30,2% e 42% dos casos, respectivamente. Este facto sugere a necessidade de algumas modificações aos critérios da Sociedade Internacional de Cefaleias. Ainda, nestes doentes houve uma melhoria clínica em 73,8% dos casos, 23,1% dos quais sem terapêutica profiláctica para a enxaqueca. A escolha dos exames imagiológicos deverá ser baseada na suspeita clínica, após realização da anamnese e da observação clínica (incluindo o exame neuro-oftalmológico).
topic Cefaleias
criança
infância
profilaxia
terapêutica
url https://pjp.spp.pt//article/view/5675
work_keys_str_mv AT armandofernandes cefaleiasnumapopulacaopediatrica
AT antoniolevygomes cefaleiasnumapopulacaopediatrica
_version_ 1724939472822337536